O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) assinou, nesta terça-feira (12), acordo com o Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), da cidade do Porto, em Portugal, que passará a aceitar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso. Com isso, chega a 50 o número de instituições portuguesas que aceitam as notas do principal exame brasileiro de acesso ao ensino superior no processo seletivo de graduação.
Para o presidente do Inep, Alexandre Lopes, a assinatura de mais um convênio representa um marco. “É mais uma oportunidade para que os estudantes brasileiros tenham uma formação de qualidade, agregada à experiência em um país estrangeiro”, ressaltou o presidente.
Alexandre Lopes ressalta que esse foi o terceiro convênio assinado somente neste ano. Também passaram a aceitar as notas do exame em 2020 o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), localizado no norte de Portugal, e o Instituto Português de Administração de Marketing (Ipam) de Lisboa.
O IPAM de Porto oferta cursos na área de marketing e gestão e formou mais de 9 mil alunos em 34 anos, nas modalidades de licenciatura, pós-graduação e mestrado.
Ampliação
As oportunidades para cursar o ensino superior fora do país devem crescer ainda mais. O Inep já iniciou tratativas para realizar acordos semelhantes com instituições de educação superior da Espanha.
Enem Portugal
Ao celebrar o acordo, a instituição portuguesa passa a ter, junto ao Inep, acesso facilitado aos resultados dos estudantes que buscam vaga em seus cursos. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas. A revalidação de diplomas e o exercício profissional no Brasil dos estudantes que cursarem o ensino superior em Portugal estão sujeitos à legislação brasileira.
O Inep ressalta que a responsabilidade pela comunicação oficial com os candidatos admitidos em seus cursos sobre essas regras é das instituições de ensino superior portuguesas. Além disso, os convênios interinstitucionais não envolvem transferência de recursos e não preveem financiamento estudantil pelo governo brasileiro.