O estudante Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, está desaparecido desde o último domingo (23). Natural de Ibatiba, no Sul do Espírito Santo, o rapaz estava fora do país para estudar.
Os familiares contam que Robson foi visto pela última vez no Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, na França.
De acordo com o irmão, Pedro Henrique de Amorim, o rapaz se mudou a Irlanda há cerca de dois meses e tinha planos de passar um ano estudando inglês no país europeu. Ele conta que, além dos estudos, Robson trabalhava em um restaurante.
Segundo os familiares, o jovem já havia enfrentado problemas ligados à síndrome do pânico no Brasil, mas fez tratamento e estava bem até duas semanas atrás. O irmão relatou ao Folha Vitória que ao passar das últimas semanas, Robson voltou a apresentar indícios de recaída.
Com isso, o estudante decidiu que o melhor seria retornar ao Brasil. No domingo, última vez em que os familiares conseguiram falar com Robson, o rapaz contou que iria procurar tratamento psiquiátrico.
“Há duas semanas ele já falava disso conosco, mas não imaginávamos que era tão sério, pois ele sempre aparentava estar bem e trabalhando. Ele estava vindo para o Brasil para se tratar, ele falou isso com a minha irmã no domingo, que precisava de tratamento psiquiátrico”, contou o irmão do estudante.
A irmã do rapaz, Cyntia de Freitas, conta que o voo de Robson estava marcado para chegar no último final de semana, no entanto, o estudante não conseguiu embarcar por estar em meio à uma crise de ataque de pânico.
O último contato dos irmãos com Robson foi às 15h30, antes dele sumir no aeroporto.
A família acionou as autoridades internacionais, mas foi informada de que no país não há procedimento de busca por pessoas desaparecidas.
“A lei de lá não permite a polícia procurar ele em lugar nenhum, eles entendem que é direito da pessoa se quiser sair sem dar notícias. Nós não estamos conseguindo fazer o boletim de ocorrência lá na França, temos um primo que está tentando, mas eles dizem que não fazem ocorrência de quem desapareceu. Só se ele tivesse cometido algum crime”, informou Pedro Henrique.