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Jovem desaparece ao entrar no mar com irmão gêmeo em Fundão

A família disse que não havia guarda-vidas na praia e que os socorristas demoraram a chegar

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um jovem de 18 anos desapareceu no mar enquanto nadava com o irmão gêmeo no balneário Costa Azul, em Fundão, na Região Metropolitana do Espírito Santo. A família de Cauã de Souza Moreira está angustiada com o sumiço dele. 

O jovem aproveitava a quinta-feira (06) na praia com familiares quando decidiu entrar no mar com o irmão. Cauã não saiu mais da água. Ainda em choque, a família acredita que ele tenha passado mal e que, por isso, não conseguiu voltar.

Além da angústia por não conseguir encontrar o jovem, os familiares ainda precisaram enfrentar outro desafio: encontrar guarda-vidas na praia. De acordo com a família, não tinha nenhum ao longo da praia e os bombeiros demoraram a chegar no local.

Desesperado, o pai de Cauã percorreu toda a praia a pé na esperança de encontrar o filho. Ele contou que não vai descansar enquanto não encontrar o menino.

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Uma moradora da região, que preferiu não ser identificada, contou que nos últimos três anos, três pessoas morreram afogadas na mesma praia. Ela também reclamou da falta de guarda-vidas no local.

"No mesmo lugar, morreram três pessoas. Tudo turista que veio de fora e não conhece a praia. Neste caso, era para a prefeitura providenciar salva-vidas", disse.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que fez buscas no mar, mas não encontrou vestígios do rapaz. O trabalho deve ser retomado nesta sexta-feira (07).

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A Defesa Civil de Fundão informou que conta com 13 guarda-vidas atuando em Praia Grande, com bases de apoio em pontos de maior movimento. Disse ainda que os locais mais perigosos e isolados possuem placas indicando o risco de afogamento.

"Assim que a Defesa Civil foi acionada, o gerente do órgão juntamente com bombeiros, guarda-vidas e a equipe de mergulho chegaram ao local em dez minutos para o resgate", disse a corporação em nota. 

A prefeitura de Fundão lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família da vítima. A administração reforçou a importância da população de preservar as placas indicativas de afogamento, não entrar na água em locais com sinalização de perigo, não ultrapassar a marca da cintura e estar sempre em locais com maior movimento de banhistas.

Número de afogamentos no ES cresceu em 2021

De acordo com tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Carlos Wagner, desde o início do Verão, mais de dez pessoas morreram afogadas no Estado.

Ainda segundo o tenente-coronel, cresceu o número de afogamentos de 2021 para 2020. No ano retrasado, 115 pessoas morreram afogadas no Espírito Santo. No ano passado, o número ultrapassou a marca de 115.

"Nós estamos terminando as estatísticas em relação ao ano de 2021, mas o fato é que houve a ultrapassagem do número registrado em 2020", explicou. 

A maioria dos afogamentos, de acordo com bombeiros, envolve crianças em piscinas, cachoeiras e lagos. Por isso, é importante sempre ficar atento.

*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.

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