Prainha de Vila Velha será revitalizada depois da Festa da Penha
Projeto de remodelação do sítio histórico inclui palco e área para eventos, parque infantil, espaço gastronômico, pista de caminhada e corrida, além de área pet
A Prainha de Vila Velha, local histórico onde começou a colonização europeia no Espírito Santo no século XVI, vai passar por uma revitalização que vai transformá-la num grande point cultural e turístico.
Segundo o projeto apresentado pelo prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) no último domingo (22), as obras incluem área exclusiva para grandes eventos como shows e apresentações culturais, pista de caminhada e corrida, parquinho infantil, área gastronômica, academia, área de piquenique e circulação, banheiros de alvenaria, espaço pet e até uma fonte interativa de águas dançantes.
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As intervenções, segundo a prefeitura da cidade, tem previsão de início após a Festa da Penha deste ano. Mas tudo dependerá de trâmites burocráticos. Já está aberto um processo de licitação para escolha da empresa responsável.
O investimento, com recursos próprios e do Governo do Estado, é de R$ 10.296.311,64. As obras devem durar seis meses e vão abarcar um espaço de 32.799,60 m². A escolha da empresa será feita em 17 de fevereiro.
A obra será dividida em duas partes. A primeira vai ocorrer em toda a área não ocupada da Prainha, ou seja, a parte onde não há construções atualmente.
A segunda parte das intervenções contemplará a área gastronômica e a colônia de pesca que funciona no local. Essa segunda parte será ainda debatida com os profissionais que atuam na região.
Deque de madeira e espaço pet
Na concepção da Prefeitura de Vila Velha, o espaço vai acomodar a grande demanda de eventos que ocorrem na área, ao mesmo tempo que proporciona atividades para o dia a dia de moradores como as pistas de caminhada e ciclovia ao redor do parque.
A intenção é proporcionar um local com infraestrutura que beneficie atividades que englobem famílias como ampla área de food e beer trucks para alimentação, espaço para motor homes, parque infantil, academia popular e plataforma multi estação, espaço pet cercado, grandes áreas gramadas para a realização de piqueniques e uma fonte interativa com águas dançantes.
O projeto vai dialogar com o entorno da Prainha, tendo as palmeiras imperiais criando, visualmente, um corredor até o eixo histórico da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário. Construída em 1535, a igreja é a mais antiga do Espírito Santo e uma das três mais antigas do país.
Será instalado um extenso deque de madeira com mosaico central valorizando a arte capixaba e pórticos geométricos com leds, que convidam o visitante a percorrer todo o parque.
A orla será totalmente reformulada para uma área de estar com mais segurança e iluminação, onde se localiza um letreiro de Vila Velha. Também foram inseridos pontos de ônibus, estações para bicicletas compartilhadas no projeto Bike VV, banheiros e área de embarque e desembarque próximo à futura estação do Aquaviário, para auxiliar o fluxo de pessoas que diariamente irão deslocar-se nessa região.
Ocupação de bolsonaristas durou dois meses
O local, que atualmente, acolhe uma colônia de férias para crianças mantida pela prefeitura da cidade e já foi ponto de uma vila natalina no último mês de dezembro, passou por um processo de degradação, quando foi ocupada por golpistas bolsonaristas que não aceitavam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente de Brasil, derrotando Jair Bolsonaro (PL).
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Eles montaram acampamento em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército no dia 31 de outubro. Com pautas antidemocráticas e ilegais, os integrantes instavam que as Forças Armadas dessem um golpe desrespeitando o resultado das eleições.
A estrutura foi desfeita somente em 9 de janeiro, após atos terroristas provocados por bolsonaristas que destruíram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e atendeu a uma ordem de dissolução total, em no máximo 24h, dos acampamentos antidemocráticos no entorno de quartéis em todo o País, emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Dois homens chegaram a ser presos durante o desmonte.
A Prefeitura de Vila Velha realizou um mutirão para limpar a área da Prainha que ficou com acúmulo de lixo, entulho e o gramado destruído. Após a saída
O local representa a origem da História do Espírito Santo pela ótica dos colonizadores europeus. Foi na Prainha que chegou o primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho (1488-1561), que aportou no dia 23 de maio de 1535 com a sua nau Glória.
Com ele e sua família, estava uma tripulação de 60 portugueses, que deram início à colonização portuguesa do Espírito Santo. Entre os que desembarcaram nesse dia estava o seu amigo Duarte Lemos (1480-1558), que foi presenteado com a Ilha de Vitória, que viria a ser a sua fazenda.