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Saiba como está o bebê do ES que ficou na barriga da mãe com morte cerebral

O pequeno Rhuan se tornou notícia em todo o país após nascer às 26 semanas, pouco mais de 5 meses de gestação, em Cachoeiro de Itapemirim

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O bebê Rhuan Santos da Silva, de Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo, poderia ser uma criança comum como qualquer outra de sua idade. No entanto, o que o torna extraordinário são as circunstâncias de seu nascimento, que ocorreu há 6 meses, no mesmo município. 

O pequeno se tornou notícia em todo o país, após nascer às  26 semanas, pouco mais de 5 meses de gestação. O que chama a atenção é que Rhuan passou 42 dias na barriga da mãe, Halana Santos Souza, de 29 anos, que teve a morte encefálica decretada ainda na metade da gravidez, em função de um quadro infeccioso que resultou em AVC hemorrágico.

A vida do bebê foi salva graças a um projeto do hospital, em parceria o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que manteve a mãe em aparelhos até que o feto tivesse peso suficiente para que o parto fosse realizado. 

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O tempo de espera da família para segurar o bebê nos braços não foi breve. Rhuan passou mais de 4 meses na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa), de Cachoeiro de Itapemirim, mas estes dias ficaram para trás.

Hoje, Rhuan leva uma vida pacata, longe das câmeras da imprensa e ao lado do pai e dos avós paternos. De acordo com a avó coruja, Aline Vicente Maria da Silva, o bebê se desenvolve bem e pesa 5 quilos. 

“A última consulta dele foi no dia 19 de dezembro, o último peso foi 4,5kg agora deve estar pesando uns 5 quilos. A pediatra falou que ele está se desenvolvendo muito bem, o peso e a altura estão certas”, contou. 

O ganho de peso é celebrado pela família, uma vez que o bebê veio ao mundo com apenas 825 gramas e deu adeus ao hospital com 3,480kg. O crescimento representa um passo saudável no desenvolvimento do pequeno. 

Cuidados no dia a dia 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Apesar das boas notícias, Rhuan ainda precisa de cuidados especiais no dia a dia. Duas vezes por semana, o bebê passa por fisioterapia motora e respiratória, além de ser acompanhado de perto por uma pediatra. 

O pequeno conta com consultas periódicas com médicos neurologista, pneumologista e oftalmologista. Ele também precisa de medicação controlada para o pulmão e vitaminas. 

A avó paterna explica que os cuidados são justificados pela extrema prematuridade do bebê. 

“Rhuan é acompanhado pelos especialistas devido a sua prematuridade extrema. Ele nasceu muito prematuro, o pulmão dele não estava maduro ainda, por isso que deverá fazer acompanhamento com o pneumologista. A medicação que ele toma para o pulmão não será para a vida toda, vai tomar por um tempo. Ele segue sendo acompanhado pela pediatra”. 

Ainda de acordo com ela, Rhuan faz acompanhamento com oftalmologista devido a um descolamento de retina. O bebê passou por um procedimento e o problema já foi corrigido. 

Xodó da família

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

E como não poderia ser diferente, Rhuan é o xodó da família. Ele, que não tem irmãos, conta com atenção exclusiva dos avós, do pai e é bem paparicado por todos os familiares, que ajudam com os cuidados do pequeno. 

“O Rhuan é bem paparicado por todos, o pai, os avós, a avó materna, bisavô, bisavós tios, conto com a ajuda de todos”, contou Aline. 

Além dos carinhos da família paterna, o bebê conta com o amor de outra pessoa muito especial: a avô materna Adailda Benedita Gonçalves dos Santos, que de acordo com Aline, aparece todos os dias para ver o neto. 

Juntas, as famílias tentam seguir em frente após a perda precoce da mãe do bebê, Halana. Aline conta que era o sonho da nora ser mãe, um momento que não pôde curtir pessoalmente. 

“A avó materna, mãe da Halana, Adailda, me ajuda muito. Ela é bem presente, vai nas consultas comigo, todos os dias vê o Rhuan. Não é fácil lidar com a ausência da Halana. Sentimos muita saudade, ela estava tão feliz com a gravidez.  Ficaria muito feliz com o Rhuan, uma criança linda, saudável e esperta”. 

No momento, a família pretende curtir e paparicar o bebê, e se diz grata por ter o pequeno por perto, especialmente por se desenvolver bem após a gravidez de risco. 

“Ele é um bebê muito saudável e esperto.  Somos gratos a Deus por tudo que ele passou, hoje está aqui conosco um bebê lindo e saudável”, disse Aline. 

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