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VÍDEO | Pastor se retrata após polêmica entre igreja e governo por terreno na Praia da Costa

Terreno do Estado teria sido vendido, mas União reivindica a posse do imóvel

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução Instagram

Um terreno na Praia da Costa, em Vila Velha, esteve no centro de uma polêmica entre um pastor da igreja evangélica Missão Praia da Costa e o governo do Estado nesta semana.

Na celebração do último domingo (29), o pastor Simonton Araújo acusou o governador Renato Casagrande de vender um terreno para a igreja, receber a quantia e entregar uma escritura falsa. Agora, no mais recente encontro da congregação, o pastor se retratou e pediu perdão pela fala.

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"Não era para eu ter feito isso. Não é um papel de cristão. 'Pastor, fizeram pressão ou medo?' Não. O Espírito Santo moveu meu coração. Uma hora da manhã no domingo passado, eu estava escrevendo para o prefeito e para o governador, dizendo que não devia ter feito. Eu pequei. Me senti mal, porque não fui feito para condenar ninguém. Errei e saí mal", disse.

Simonton também pediu desculpas aos fiéis da igreja que estavam presentes durante a sua fala no fim de semana.

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Entenda a polêmica de terreno

Durante o culto matutino de domingo (29), o pastor Simonton disse aos fiéis presentes na celebração que a igreja pagou pelo terreno que fica na esquina da sede da Missão Praia da Costa. Segundo a declaração, o governo teria entregue uma escritura, mas o documento seria falso.

De acordo com o governo do Estado, a denúncia do pastor não procede. Em nota, o governo do Estado explica que o terreno em questão faz parte de uma área chamada “Sítio Ribeiro”, que foi adquirida pelo Estado há décadas. "Desde então, o Estado vem regularizando os terrenos dessa área, seguindo a lei", diz.

Segundo o Estado, a venda foi legal, mas o governo federal está pleiteando a posse do espaço. "A venda do terreno à Igreja Missão foi feita de forma legal, mas a União reivindicou a posse do imóvel. Embora o Estado entenda que é o legítimo proprietário, para evitar um longo processo judicial, está negociando com a Advocacia-Geral da União (AGU) uma solução consensual".

A PGE e a Seger concluem a nota destacando que o objetivo é regularizar a propriedade do terreno, garantindo a venda feita à Igreja Missão e protegendo os direitos de todos os envolvidos. 

"A negociação está em estágio avançado e depende de trâmites administrativos para ser concluída. A solução preservará os interesses da Igreja, do Estado e da União, evitando prejuízos para qualquer uma das partes".