Policial que teve o dedo amputado recebe alta e fala sobre o caso
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória, ele explicou como foi o caso e disse se poderá voltar a atuar como PM
O soldado da PM que teve o dedo amputado recebeu alta na sexta-feira (3). O dedo de Jonatas Lube agarrou em fios de telefonia caídos na Rodovia José Sete, em Itacibá, Cariacica, quando ele passava de moto no dia 8 de dezembro do ano passado.
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória, ele explicou como foi o caso e disse se poderá voltar a atuar como PM.
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"Estava almoçando em Itacibá. Na volta para casa, peguei a José Sete e teve um ponto que eu tive que esperar o fluxo dos carros parar para eu pegar a pista. No momento que eu fui entrar na pista, tinha vários fios de telefone pendurados, quase um varal. Um desses fios agarrou no meu dedo e quase amputou na hora", disse o soldado sobre o caso.
Jonatas foi com o fio agarrado no dedo até o PA de Alto Lage, mas não havia um alicate para cortar o fio no local. Então, ele foi transferido para o Hospital São Lucas, em Vitória. O soldado da PM ficou uma hora com o fio enrolado no dedo e saiu do hospital com o dedo enfaixado.
Depois disso, Jonatas percebeu que a ponta do dedo ficou escura e voltou ao hospital. Lá, ele foi informado que precisaria amputá-lo.
"No dia 21, na minha segunda internação, eu tinha esperança de manter o dedo, mas já não estava tão confiante, porque vi que ele estava começando a escurecer e o cheiro estava muito forte", revelou.
Ele precisou amputar o dedo médio da mão esquerda, que é sua dominante e que usa para segurar a arma da PM, por exemplo.
"É o primeiro dedo de base para sustentar a arma na mão. Agora vou ter que me adaptar de alguma forma", explicou o PM.
A rua da casa de Jonatas, em Sotema, Cariacica, também possui fios soltos. O policial disse que é papel da prefeitura fiscalizar e evitar que acidentes do tipo aconteçam.
"O responsável mesmo, quem tinha que fiscalizar e cobrar a manutenção, é a prefeitura. Motoqueiros e qualquer pessoa que passa na rua pode se acidentar", afirmou Jonatas.
O soldado disse que não teve nenhuma assistência, nem da Prefeitura de Cariacica, nem da empresa de telefonia. Ele vai passar por uma avaliação médica da PM e não sabe se volta ao trabalho, mas afirmou que ama o que faz e quer continuar protegendo a sociedade.
"Quero voltar a trabalhar, voltar a como era antes", disse o soldado da PM.
*Com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/Record