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Em reunião com Ministério da Saúde, Pfizer aponta empecilhos para a venda das vacinas

A farmacêutica também fez um alerta ao Brasil para que reformule a legislação nacional que trata da aquisição de imunizantes

Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (22) a farmacêutica Pfizer participou de uma reunião com senadores brasileiros para tratar da venda de vacinas. Após o encontro a empresa norte-americana afirmou que outros 69 países fecharam acordo para a aquisição dos imunizantes, mas o Brasil ainda possui questões a serem resolvidas no âmbito legislativo.

Por meio de nota, a Pfizer apontou a necessidade de uma reformulação na legislação nacional, no que diz respeito à compra de vacina, para que aos imunizantes produzidos ao redor do mundo sejam compradas pelo país.

“O encontro realizado com o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o Senador Randolfe Rodrigues teve como foco exclusivo falar sobre esses temas legislativos. Nenhuma menção sobre o Presidente da República foi realizada durante o encontro”, consta na nota.

Uma exigência da farmacêutica é que o governo brasileiro passe a assumir a responsabilidade de possíveis eventos adversos da vacina e que seja construído um fundo para indenizações de demandas judiciais e que as indiferenças com o governo brasileiro sejam resolvidas em uma corte de Nova York, nos Estados Unidos.

Em janeiro, o Ministério da Saúde afirmaram ser "leoninas" e "absurdas" as cláusulas presentes no contrato da Pfizer e disse não aceitar as exigências.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que a farmacêutica iria entregar poucas doses em relação à necessidade do país. Segundo Pazuello, a aquisição das vacinas seria como uma "conquista de marketing" para a Pfizer, porém "uma frustração" aos cidadãos brasileiros.

O imunizante da Pfizer desenvolvido em parceria com a BioNTech foi o primeiro a ser aprovado para o uso em países do ocidente (Reino Unido) e possui uma das maiores taxas de proteção. Um estudo de Israel apontou que a vacina possui 94% de eficácia contra a covid-19 na forma sintomática e 92% contra casos graves.

Em agosto de 2020, a farmacêutica norte-americana apresentou uma proposta em que consta a entrega de 70 milhões de doses ao Ministério da Saúde neste ano, porém a negociação não continuou.

* Com informações do Portal R7 

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