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Capixaba desaparecido vê cartaz de "procura-se" com própria foto em Paris e pede ajuda

Estudante Robson Amorim de Freitas estava sem dar notícias à família desde 23 de janeiro; ele contactou os parentes após pedir ajuda na noite da última segunda-feira

Foto: Leitor | Whatsapp Folha Vitória
Robson Freitas viu um dos cartazes com sua própria foto fixado nas ruas de Paris e buscou ajuda para se comunicar com a família no Espírito Santo

Desaparecido desde 23 de janeiro, o estudante capixaba Robson Amorim de Freitas, 32 anos, viu a própria foto em um cartaz de “procura-se” em Paris e se lembrou de tudo. Ele, então, pediu ajuda e conseguiu entrar em contato com a família. 

Foto: Leitor | Whatsapp Folha Vitória

Robson Amorim estava estudando inglês na Irlanda

As informações são da irmã de Freitas, a advogada Cyntia de Freitas Amorim Silotti, que embarca na tarde desta terça-feira (08) para a França para encontrar-se com ele. 

Ela conversou por telefone com a reportagem da TV Vitória e disse que o estudante se identificou a um homem que passava pela rua, como sendo o rapaz do cartaz. 

A partir de então, esse homem o ajudou a encontrar um telefone e ele entrou em contato com os familiares em Ibatiba.

Foto: Reprodução TV Vitória
Cyntia de Freitas e Pedro Henrique estão aliviados com o fim do desaparecimento do irmão

A angústia dos familiares já durava 15 dias com a falta de notícias. O fato foi compartilhado em uma rede social, pelo seu irmão, Pedro Henrique de Freitas. 

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“Deus sempre esteve cuidando de você meu irmão! Estamos indo te buscar, vamos te trazer para casa”, escreveu na rede social.

Foto: Pedro Henrique de Amorim
Os irmãos Robson Amorim de Freitas (esq.), Cyntia e Pedro Henrique

Relembre o caso

O drama da família Freitas, de Ibatiba, Sul do Espírito Santo, começou no dia 23 de janeiro. Ele morava na Irlanda desde novembro de 2021 para estudar inglês, mas saiu de lá quando teve um ataque de pânico no dia 21 de janeiro. Ele também trabalhava num restaurante. 

Segundo os irmãos do rapaz, ele já fazia tratamento de síndrome de pânico no Brasil, mas teve uma recaída no intercâmbio europeu. Falava que a máfia irlandesa o estava perseguindo.

Pela piora em seu estado emocional, os irmãos conseguiram convencê-lo a retornar ao Brasil. No Aeroporto Charles de Galle, na capital francesa, o voo para o Brasil sairia no dia 22, às 20h, com chegada prevista em solo brasileiro para 6h35 de domingo, no horário de Brasília.

Quando aguardava na sala de teste de covid-19 do aeroporto parisiense, o capixaba entrou em pânico, acreditando novamente que estava sendo perseguido. Em contato com os irmãos, alegou que estava com crise de ansiedade, portanto, sem condições de embarcar.

De acordo com a irmã, ele teria dado entrada numa clínica da região, após sair do aeroporto, ao lado do Hospital Saint-Anne. Foi a partir da saída dele desta clínica, que não houve mais contato. O rapaz passou a noite no local e foi liberado na manhã do dia 24, com o passaporte e o celular, mas o aparelho estava sem bateria.

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Solidariedade

Mais de 400 pessoas foram às ruas em Paris à procura do capixaba no domingo, 6 de fevereiro. O mutirão foi organizado por brasileiros que moram na França. Eles fizeram um grupo em um aplicativo de mensagem para organizar o ato e ajudar nas buscas pelo jovem.

Para ajudar a família a encontrar o rapaz, além dos brasileiros que viviam na capital francesa, pessoas de diferentes nacionalidades colaram cartazes pelas ruas da cidade com fotos do estudante e telefones de contato.

Com informações da repórter Dani Cariello, da TV Vitória/Record TV