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A defesa da cadeirante que foi atropelada por um ônibus do sistema Transcol na última semana, em Cariacica, acionou a Justiça para pedir uma nova cadeira de rodas que atenda às necessidades da vítima. No sábado (05), ela precisou voltar para o hospital, pois sentia fortes dores e febre.
Gisele de Oliveira Mota, 34 anos, estava com a cadeira de rodas ao lado de uma calçada, no bairro Bela Aurora, quando foi atropelada pelo ônibus. O acidente aconteceu no dia 31 de janeiro e, desde então, ela tem se queixado de fortes dores pelo corpo.
“De lá para cá, eu venho informando a empresa sobre o meu estado de saúde, que vem piorando, e ninguém prestou assistência médica em relação à isso. Eu precisei procurar um hospital público para ver a minha situação porque estou com muita dor nas costas e isso não está normal”, contou ela.
A família acionou a empresa de ônibus e pediu auxílio de um médico para avaliar a cadeirante. Após voltar para o hospital, Zilda de Oliveira, mãe da Gisele, explicou que por se tratar de um quadro delicado, a filha precisa ser transferida com urgência para outro hospital que ofereça uma estrutura adequada para o tratamento.
Na última sexta-feira (04), o advogado de Gisele acionou a Justiça e pediu para que a empresa preste assistência médica necessária para a vítima. Além disso, solicitou uma indenização e a entrega de uma nova cadeira de rodas, já que a que foi entregue inicialmente não atende às necessidades da cadeirante.
A Justiça determinou que a empresa ofereça a nova cadeira de rodas para a vítima no prazo de cinco dias. Além disso, nos próximos dias o advogado deve apresentar um laudo médico à Justiça que comprove a necessidade de transferência da paciente.
O advogado da vítima, João Furtado Guerini, xplicou que uma audiência de conciliação foi agendada para março e espera que um acordo entre as partes seja feito.
“Nós precisamos apresentar um laudo para o juiz, comprovando que ela precisa dessa internação, o acompanhamento psicológico e de fisioterapia. Nós esperamos muito que a empresa ofereça algum tipo de acordo para evitar que ela tenha que passar por um desgastante processo judicial, que nós não sabemos quanto tempo vai durar”, afirmou.
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Vítima esperava entrega de um remédio
O momento do acidente foi registrado por câmeras de segurança. Gisele aguardava a entrega de um remédio em frente a uma farmácia, na rua Espírito Santo, mas antes que pudesse subir com a cadeira na calçada, viu que o ônibus do Transcol se aproximou.
Na hora de sair com o coletivo, o motorista atropelou a cadeirante, que ficou caída entre a calçada e o ônibus. Revoltada com a situação, dona Zilda espera que a empresa preste a assistência necessária à cadeirante.
O outro lado
Por nota, o GVBus informou que ainda não foi notificada da decisão de fornecer uma nova cadeira e que em nenhum momento foi negada assistência à vítima.
A empresa disse ainda que providenciou duas cadeiras de rodas para a vítima, uma provisória e outra que não foi aceita por Gisele, mas que uma terceira cadeira será providenciada.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV