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VÍDEO | Greve dos coletores: ruas de Vitória e Serra começam a acumular lixo

Além dos dois municípios da Grande Vitória, a paralisação do Sindilimpe-ES, que reivindica direitos trabalhistas, ocorre também em Cachoeiro de Itapemirim

Foto: Thainara Ferreira | TV Vitória

Com os serviços de coleta suspensos desde a manhã de segunda-feira (21), ruas de Vitória e Serra já começaram a acumular lixo. Na Capital, vários pontos amanheceram cheios de sacolas, caixas e muita sujeira nesta terça (22). 

Além dos dois municípios da Grande Vitória, a paralisação do Sindilimpe-ES, que reivindica direitos trabalhistas, ocorre também em Cachoeiro de Itapemirim. 

Entre os principais pedidos da categoria, estão: garantia do pagamento do ticket alimentação em caso de afastamento pelo INSS e o adicional de R$ 7 por dia trabalhado no ticket, referente ao café da manhã, direito que, segundo o sindicato, já foi garantido pela Convenção do Trabalho em 2022.

O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em empresas prestadoras de serviços de asseio, conservação, limpeza pública urbana e privada, conservação de áreas verdes, aterros sanitários e transbordo e de prestação de serviços em portarias e recepções no Estado do Espírito Santo (Sindilimpe – ES) afirmou que as atividades continuam paralisadas até que seja feita uma negociação com as empresas.

 “O sindicato espera que a responsabilidade social das contratantes, junto aos trabalhadores e à população, tornem próximo o fim da paralisação”, diz a nota. 

O Sindilimpe-ES ressaltou que “não tem intenção de gerar nenhum tipo de transtorno à população. No entanto, se nega a furtar-se de sua missão existencial, ao acolher reivindicações legítimas dos trabalhadores da limpeza pública nos municípios de Vitória, Serra e Cachoeiro de Itapemirim.”

Paralisação em Vitória

Em nota, a Prefeitura de Vitória informou que devido à paralisação, a coleta de lixo domiciliar e limpeza das vias da Capital pode atrasar.

“Todos os esforços e medidas estão sendo tomados para regularizar os serviços o mais breve possível. Pede, ainda, a colaboração dos moradores, evitando colocar os resíduos antes da chegada dos coletores”, diz a nota. 

Paralisação na Serra

A Prefeitura da Serra, por meio da Secretaria Municipal de Serviços (Sese) também informou que, em virtude de um movimento de reivindicações trabalhistas do Sindilimp-ES, o cronograma semanal de serviços sofrerá alguns impactos.

O cronograma  traz serviços que devem ser realizados entre os dias 21 e 25 de fevereiro em vários bairros do município da Serra. Entre os serviços que podem ser prejudicados pela paralisação, estão a coleta de lixo doméstico, capina, varrição, entre outros.

Foto: Reprodução/Leitor WhatsApp

A Sese destaca que as empresas contratadas para a realização dos serviços confirmam que os trabalhadores reivindicam benefícios e que medidas jurídicas para o restabelecimento total dos serviços de limpeza pública estão em andamento.

A Prefeitura da Serra informou, ainda, que não tem nenhuma pendência com a empresa contratada. 

O que diz o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana

“O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Espírito Santo (Selures) informou que foi surpresado pelo movimento paredista ilegal realizado nesta segunda-feira (21) e esclarece à população capixaba que, no último mês de janeiro, fechou Acordo em Convenção Coletiva de Trabalho, estando a mesma registrada no Ministério Público do Trabalho, onde os trabalhadores representados pelo Sindilimpe aceitaram reajuste de 10,16%.

Entre as cláusulas aceitas está o fornecimento de lanche por meio das empresas, composto de um pão com manteiga, uma fruta e um suco. Sendo somente na impossibilidade do fornecimento do mesmo, e de escolha das empresas de limpeza urbana, a substituição por um valor correspondente em dinheiro.

As representadas por esse Sindicato acreditam que, a saúde dos trabalhadores é uma prioridade, não podendo o mesmo ficar sem o lanche antes do turno de trabalho pelo esforço da função. Inclusive o fornecimento do lanche foi um pleito dos próprios profissionais há anos.

A Selures repudia o uso pelo sindicato trabalhista de subterfúgios ilegítimos e que desconsideram o bem-estar de sua própria categoria. E registra que está tomando todas as medidas necessárias para fazer cessar esse ato de descumprimento da CCT e da lei”, diz a nota. 

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