Geral

Putin autoriza início de operação militar na Ucrânia; ataques já começaram inclusive na Capital

Presidente também alertou que aqueles que "tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou às 23h57 (horário de Brasília) desta quarta-feira (23) uma operação especial, na Ucrânia.

Em pronunciamento na TV, Putin afirmou que a ação visa desmilitarizar o país vizinhos, mas não ocupá-lo.

Segundo o presidente russo, a operação militar quer proteger a região de Donbas, no leste do país. Apesar da afirmação do presidente, correspondentes de agências internacionais relatam que houve explosões na capital Kiev.

O presidente também alertou que aqueles que "tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram".

"Tenho certeza de que os soldados e oficiais da Rússia cumprirão seu dever com coragem (...) A segurança do país está garantida", disse.

No pronunciamento, Putin também pediu que os ucranianos “larguem as armas e voltem para casa” e que os soldados que desistirem não serão atingidos. O presidente afirmou que se houver derramamento de sangue, será responsabilidade do governo ucraniano.

Nesta quarta-feira (23), o governo russo afirmou que os líderes das regiões separatistas do leste da Ucrânia pediram ao presidente Vladimir Putin "ajuda para combater a agressão" do Exército ucraniano.

Biden diz que Putin faz 'guerra premeditada' à Ucrânia e que EUA e aliados responderão

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou na madrugada desta quinta-feira (24) um comunicado contra a decisão de Vladimir Putin colocar o exército da Rússia em ação em território da Ucrânia.

"As orações de todo o mundo estão com o povo da Ucrânia nesta noite, que sofre um ataque não provocado e injustificado das forças militares russas", afirmou Biden, em nota divulgada pela Casa Branca.

"O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano. A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia."

"Estarei monitorando a situação da Casa Branca esta noite e continuarei recebendo atualizações regulares da minha equipe de segurança nacional. Amanhã, me encontrarei com meus colegas do G7 pela manhã e depois falarei com o povo americano para anunciar as outras consequências que os Estados Unidos, nossos aliados e parceiros vão impor à Rússia por esse ato desnecessário de agressão contra a Ucrânia e a paz e a segurança globais."

"Também iremos coordenar com os nossos Aliados da OTAN para assegurar uma resposta forte e unida que impeça qualquer agressão contra a Aliança. Esta noite, Jill e eu estamos orando pelo corajoso e orgulhoso povo da Ucrânia."

Zelenskyy rejeita acusação de que Ucrânia é ameaça, e diz que tentou contato com Putin

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, rejeitou as alegações de Moscou de que seu país é uma ameaça à Rússia e alertou que uma invasão poderia resultar em dezenas de milhares de mortes. 

Durante um discurso em vídeo transmitido na manhã de quinta-feira na Ucrânia, Zelenskyy disse: "O povo da Ucrânia e o governo da Ucrânia querem a paz. Mas se estivermos sob ataque que coloque em risco nossa liberdade e a vida de nosso povo, nos defenderemos".

Além disso, Zelenskyy disse que tentou entrar em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, na noite de quarta-feira, mas não obteve resposta do Kremlin.

*Com informações portal R7 e Estadão Conteúdo

Pontos moeda