Interesse de estudantes em cursar graduação fora do país cresce 40% nos últimos anos
Em 2018, 50.400 estudantes ingressaram na vida acadêmica no exterior
Os brasileiros estão buscando instituições fora do país para cursarem a graduação. De acordo com os dados divulgados pela Belta, associação que reúne as agências de intercâmbio do Brasil, em 2018, 50.400 estudantes ingressaram na vida acadêmica no exterior. Esse número representa um crescimento de 40% em relação ao ano anterior.
Diversos capixabas já foram aprovados em instituições fora do país. Em 2019, Pedro Duarte Moreira foi um deles. Ele foi aprovado na Universidade Harvard. Já o estudante Arthur Soares Klein se classificou para dez universidades americanas.
Neste ano, os estudantes Mateus Mazzoco, Bruno Linhales e Marco Marcial foram aprovados. O número pode crescer, já que outras universidades ainda não divulgaram o resultado, que deve sair até abril.
O interesse em estudar fora do país vem crescendo nos últimos anos. Segundo o coordenador de Línguas Estrangeiras de um colégio de Vitória, Cristiano Carvalho, a quantidade chegou a triplicar nos últimos dias. “Desde de 2000 oferecermos a modalidade high school junto com o ensino médio, o que possibilita uma certificação brasileira e americana. Na primeira década deste milênio, em média, no máximo dois alunos eram aprovados nos processos seletivos para graduação no exterior”, comentou.
O colégio estima que, entre 2013 e 2019, cerca de 30 alunos foram estudar fora do Brasil. Cristiano acredita que a queda das universidades brasileiras nos rankings que avaliam a qualidade das universidades em todo o mundo pode ter relação com esse movimento de estudantes.
Entre os países mais procurados estão Estados Unidos, Espanha, Canadá, Suíça e Inglaterra. Os cursos de engenharia e os relacionados a administração e gestão de negócios são os mais procurados pelos estudantes. Os alunos que têm interesse em cursar a graduação fora do país devem ficar atentos a validação dos diplomas no Brasil.