Agro: especialista explica funções de auxiliares de fluxo de material a granel
Equipamentos ou métodos inadequados podem gerar redução de produtividade, perda de material e acidentes no trabalho; especialista destaca opção para indústrias do setor agro
As quinhentas maiores empresas brasileiras deixam de ganhar R$ 230 milhões ao ano por conta da improdutividade, conforme dados de uma pesquisa da empresa de tecnologia Levee, realizada em 2019. Neste cenário, João Mauro Araújo, diretor de operações da Casa das Válvulas Equipamentos Hidráulicos Industriais, explica que, para diversas indústrias, o fluxo insuficiente de material em um reservatório pode criar um efeito de “bola de neve”, já que retarda o processo, requer limpeza manual, interrompe o fluxo de trabalho e desperdiça mão de obra.
Segundo o especialista, é neste momento que entram em cena os chamados auxiliares de fluxo de material a granel. “Se estes forem ineficientes, contudo, podem gerar problemas, como danos à máquina, altos custos de energia e níveis de ruído estressantes”, afirma. “Cada um desses problemas custa tempo e dinheiro. Portanto, antes de se preocupar com o custo de obter um auxiliar de fluxo, pense no custo de não obter um”.
Araújo explica que um equipamento, em específico, usado em silos de grãos e pós em todo tipo de indústria, como silos de cal e polímeros, entre outros, pode ser uma alternativa para este problema. “O AIR SWEEP é recomendado para silos de grãos e farináceos, no setor agro. Sua função é desobstruir os silos já que, com o tempo, o material vai se encrustando nas paredes, o que reduz a passagem do fluxo de material - o que pode levar à perda de produtividade e desperdícios de materiais”.
O especialista conta que uma das maiores empresas de cimento do Sudeste Asiático calculou que perdeu US$ 12 mil (R$ 61 mil) por hora de paralisação. “Na América do Norte, esse tempo de inatividade é de cerca de US$ 25 mil (R$ 127 mil) por hora. Eles tentaram batedores de ar e vibradores, mas os trabalhadores ainda tinham que martelar os silos para liberar o cimento entupido. Eles estavam perdendo dinheiro, desperdiçando horas de trabalho e colocando seus trabalhadores em risco”.
O diretor de operações da Casa das Válvulas Equipamentos Hidráulicos Industriais acrescenta que, sem as válvulas de ar adequadas, as empresas podem acabar tendo perda de produtividade com a redução do fluxo dentro dos silos ou com paradas para a desobstrução dos tanques.
Desperdício de materiais
Segundo Araújo, o desperdício de materiais é outro ponto prejudicial à saúde dos negócios muito presente em indústrias que atuam com silos, já que o material que se aloja nas paredes acaba se perdendo ou contaminando o restante do produto.
A título de exemplo, ele reporta que uma empresa que fabrica temperos personalizados tinha que limpar seus liquidificadores entre os lotes, e apenas o material que eles tinham que usar em sua rotina de lavagem custava US$ 200 mil (R$ 1,184 milhão) ao ano.
“Uma empresa de linhaça também estava ‘descartando’ os lucros. Por causa do alto teor de óleo e gordura da linhaça e do cacau, o material passava por cima da descarga e ficava aglomerado nas paredes do recipiente e nas bolsas do filtro. Eles jogavam fora quase 20 quilos de mistura por dia, e até tinham que pagar para que fossem transportadas”, conta.
Segurança dos trabalhadores deve ser prioridade
Na visão de Araújo, a segurança dos colaboradores também pode ser comprometida com silos obstruídos, já que martelar vasos e escalar silos pode causar ferimentos aos trabalhadores. Mas isso não é a pior coisa que pode acontecer: “O material preso libera gases voláteis. Por exemplo, um concentrado de proteína de soro de leite endurecido provocou um incêndio no filtro de mangas de uma empresa de queijos. Se o fogo tivesse se espalhado, eles teriam sofrido um enorme prejuízo pelos danos. Por isso, a incrustação tornou-se uma preocupação urgente de segurança”, diz.
Para o especialista, vale priorizar equipamentos que evitem que trabalhadores tenham que martelar as paredes do silo para desobstruir manualmente, o que pode ocasionar lesão muscular, ferimentos e problemas com barulho, entre outros.
Entre 2013 e 2019, o número de acidentes de trabalho no Brasil caiu de 725.664 para 582.507 em números absolutos, conforme informado pelo coordenador-geral de Benefícios de Risco e Reabilitação Profissional, Orion Oliveira, durante live da Campat 2021 (Campanha Nacional de Acidentes do Trabalho).
“Mesmo com a redução na soma de acidentes no trabalho, os cuidados das indústrias do setor agro, e de modo geral, devem se intensificar, visando a segurança e a produtividade para colaboradores e negócios - motivo pelo qual equipamentos auxiliares de fluxo de material a granel, como o AIR SWEEP, ganham destaque”, conclui.
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