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Covid-19: ES ainda não tem confirmação de casos da nova variante Deltacron

Informação foi confirmada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (16)

Lais Magesky

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/ Sesa

O Espírito Santo ainda não registrou nenhum caso da nova variante Deltacron, junção das variantes Delta e Ômicron. A informação foi confirmada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa online realizada nesta quarta-feira (16).

"O conhecimento ainda é pequeno, tem um número pequeno e confirmado pelo mundo afora. Não há uma determinação sobre a capacidade de transmissão, ainda não é definido. Monitoramos e estamos integrados à rede nacional de monitoramento também. Não temos nenhum caso registrado aqui. As vacinas são eficazes para a Deltacron", afirmou.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil já identificou dois casos da Deltacron do coronavírus — um no Amapá e outro no Pará. As capacidades de transmissão e letalidade da cepa híbrida ainda estão em estudo pela comunidade científica internacional.

Coletiva de imprensa

O secretário da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, concede, nesta quarta-feira (16), uma coletiva de imprensa online para atualizar as informações sobre o enfrentamento à covid-19 no Espírito Santo. Acompanhe a transmissão ao vivo e os principais pontos logo abaixo:

Secretário comenta sobre últimas medidas tomadas no ES

Nésio Fernandes: "O Espírito Santo consolida a melhor retomada da curva de casos, internações e óbitos de toda a pandemia. Caminhamos para alcançar números baixos de transmissão, internações e óbitos. Consolida um cenário onde a pandemia tem uma redução grande do risco relativo das pessoas terem contato com o vírus ao circularem em diversos ambientes. Tomamos a decisão com o governo do Estado da flexibilização da obrigatoriedade do uso das máscaras em espaços abertos em todos os lugares do Espírito Santo. Nos municípios de risco baixo, ainda há a obrigatoriedade do uso em locais fechados. Também retomamos a classificação do risco muito baixo".

Luiz Carlos Reblin: "Fomos aprendendo a manejar as medidas em função da situação da pandemia. Estamos em momento em que indicadores estão com maior diminuição nos casos, internações e óbitos. Isso nos permitiu alterar as medidas. Isso não quer dizer que a gente não possa retornar as medidas mais rigorosas. Onde o uso de máscaras está liberado, ele está recomendado".

"Fim da obrigatoriedade do uso das máscaras não deve ser traduzido como o fim do uso delas", afirma secretário

Nésio Fernandes: "Temos circulação do vírus muito reduzida. Na pequena possibilidade de ter exposição ao vírus, os ambientes fechados continuam sendo de maior risco. Nesse sentido, o uso das máscaras é uma barreira física importante. Celebramos a possibilidade neste momento, em alguns espaços abertos, flexibilizar a obrigatoriedade. O fim dela não deve ser traduzido como o fim do uso das máscaras (...) As máscaras são leves, inofensivas, temos de todo o tipo. Uma barreira física que garante proteção às pessoas. Nesse sentido, elas não podem ser relacionadas a temas sobre liberdade, e sim à proteção incrementada".

"Última expansão da pandemia foi a mais violenta no ES", diz Nésio

Nésio Fernandes: "Enfrentamos uma última expansão da pandemia que foi a mais violenta em número de casos. Conseguimos absorver toda a pressão assistencial sem ter que tomar medidas adicionais como tomamos em momentos que não tínhamos as vacinas. Nesse sentido, é necessário que todos dediquemos esforços para que toda a população tenha o esquema de vacinação atualizado. Temos, neste momento, avanço grande de aplicação da 3ª dose nos idosos. Enfrentamos grande desafio na vacinação das crianças".

ES vacinou 32 mil crianças nos dias de mutirão

Nésio Fernandes: "Vínhamos em três semanas consecutivas na queda de vacinação pediátrica. Saímos de 21 mil doses nas semanas anteriores, para 18 mil e 5 mil doses na semana do carnaval. Durante a semana temática do mutirão, foram 32 mil doses aplicadas na população pediátrica, um aumento de 178% em relação a semana anterior".

Perda técnica de doses de vacina pediátrica cresce no ES

Nésio Fernandes: "Temos desafio grande em relação a perda técnica das vacinas. Durante aplicação, quando abrimos o frasco da Coronavac, precisamos aplicar todas as doses daquele frasco em até 8h. Da Pfizer, em até 12h. Quando poucas crianças são levadas, a perda técnica passa a ser incrementada. Alguns postos de vacinação que tinham zero de perda técnica, hoje já relatam em perda maior, chegando até 10% das doses oferecidas. Não vamos deixar de vacinar as crianças por conta da baixa procura, mas medidas adicionais, como por exemplo restringir os dias de vacinação, acaba levando a redução maior de doses aplicadas. Agradecemos o apoio que os veículos de imprensa deram e dão todos os dias. Precisamos insistir nessa abordagem".

"Precisamos estar atentos ao que acontece na Inglaterra", afirma secretário

Nésio Fernandes: "Precisamos estar atentos ao que acontece na Inglaterra. Ontem foram 120 mil novos casos reportados. Vamos tomar medidas proporcionais e equilibradas a cada momento que vamos vivendo do comportamento da pandemia. Sem dívida nenhuma, conforme a gente avance na aplicação de doses, mais nos afastamos de novas expansões da doença com impacto de internações e óbitos".

ES quer realizar 100 mil cirurgias eletivas até dezembro

Nésio Fernandes: "Cirurgias eletivas foram suspensas durante alguns períodos. Realizamos por ano em torno de 90 e 100 mil cirurgias. Temos dois conceitos que precisam ser explicados: existe a retomada das cirurgias dentro do padrão de normalidade. A nossa retomada a partir do dia 1º de abrir até o dia 31 de dezembro deste ano, pretende realizar 100 mil cirurgias eletivas ordinárias. Estamos preparando evento com o governador onde ele irá anunciar que, para além da retomada com as cirurgias, mais cirurgias serão ofertadas em um mutirão de cirurgias eletivas".

"Passaporte da vacina continua sendo importante", afirma subsecretário

Luiz Carlos Reblin e Nésio Fernandes: "O passaporte da vacina continua sendo importante. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal. Alcançamos vitória grande com a exigência do comprovante de vacina. Saímos de mais de 300 mil pessoas para número reduzido. O Espírito Santo adotou o passaporte da vacina para induzir as pessoas a se vacinarem".

Mais de 40 mil crianças estão com D2 em atraso no ES

Nésio Fernandes: "Temos 28 dias de prazo de aplicação da Coronavac, que é a principal vacina e precisamos que a população entenda que o esquema vacinal das crianças é um esquema primário. É importante ter a segunda dose aplicada. São mais de 40 mil D2 atrasadas na faixa etária de 5 a 11 anos".

Ainda não há definição sobre a 4ª dose da vacina contra a covid-19

Luiz Carlos Reblin: ""Nós temos um debate maduro sobre a 4ª dose do imunizante, e esse o assunto será debatido com o governador na próxima semana".

ES ainda não tem nenhum caso confirmado de Deltacron; vacina é eficaz

Luiz Carlos Reblin: "Ainda não temos registro da Deltacron aqui no Espírito Santo. O conhecimento ainda é pequeno, tem um número pequeno e confirmado pelo mundo afora. Não há uma determinação sobre a capacidade de transmissão, ainda não é definido. Monitoramos e estamos integrados à rede nacional de monitoramento também. Não temos nenhum caso registrado aqui. As vacinas são eficazes para a Deltacron".

Municípios do ES poderão aplicar segunda dose em crianças sem nova autorização dos pais

Nésio Fernandes: "Precisamos orientar os municípios para que, por exemplo, as crianças que já tomaram a primeira dose e que, para aplicação da D2, não é necessária a nova autorização dos pais. A vacinação da primeira dose já representa a autorização pelo evento da vacinação. Estamos orientando os municípios de identificar por unidade escolar, para completarmos o esquema vacinal".

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