Quatro meses após os ataques à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e ao Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), perpetrados por um adolescente de 16 anos, ex-aluno de uma das instituições, uma pergunta ainda paira na mente de muitas pessoas: quais medidas foram e estão sendo tomadas para aumentar a segurança nas escolas públicas?
De novembro para cá, uma série de inciativas foram adotadas por diversas secretarias para aumentar o sentimento de segurança nos colégios da rede. Dentre elas, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) trabalha com apoio da Companhia Especializada de Polícia Escolar (Patrulha Escolar).
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Segundo o órgão, o projeto funciona em diversas frentes: em ações preventivas, por meio de palestras e bate-papo entre alunos e militares, como em outras intervenções necessárias, dentre elas, atendimentos pontuais da equipe sempre que acionada.
A Polícia Militar afirmou que age por meio da Companhia Especializada de Patrulha Escolar (CEPE), que trabalha diariamente para segurança no ambiente escolar. Entre as ações estão patrulhamento preventivo em locais que possam ser perigosos aos alunos, além de palestras e atendimento de ocorrências nas escolas.
E o Papo de Responsa é a atividade escolhida pela `Polícia Civil para conscientizar os alunos sobre evitar qualquer tipo de conflito, especialmente o bullying no ambiente escolar.
Além disso, a Sedu afirma ainda que as escolas contam com vigilância e videomonitoramento. Informa que intensificará a atuação da Patrulha e a abordagem quanto a temática da violência nas unidades de ensino.
Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que as ações são sempre adotadas de acordo com um protocolo, para prevenção e atendimento de qualquer ocorrência do tipo.
Audiência pública em Aracruz
Além destas medidas, o deputado Alcântaro Filho, presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Assembleia Legislativa, informou que nesta quarta-feira (29) estará em Coqueiral de Aracruz, em Audiência Pública, para falar ao público sobre sua experiência em Suzano (SP), onde um atentado semelhante ocorreu.
De acordo com o parlamentar, que é de Aracruz, o objetivo é mostrar quais foram as medidas tomadas pelas autoridades paulistas e apontar possíveis caminhos para prevenir situações semelhantes.
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Além disso, a Sesp anunciou a criação do Comitê de Segurança Escolar, que procura englobar profissionais de educação para discutir ações preventivas e tecnológicas para evitar qualquer cenário parecido com o de Aracruz.
Reportagem especial do programa Repórter Record Investigativo, da TV Vitória/Record TV, mostrou que na Escola Primo Bitti, o atirador teve acesso às dependências da unidade escolar pelo portão dos fundos.
Antes do início do ano letivo, uma reforma aconteceu no prédio, na qual a edificação que ficava na área acessada pelo adolescente foi derrubada. Um gradil foi instalado e a porta da antiga sala dos professores, que hoje é a atual biblioteca, já não existe mais.