Busca por familiares: corpo de Clarinha deve ficar no DML por mais 40 dias
A paciente misteriosa que morreu na última sexta-feira (20), após 24 anos internada no Espírito Santo, ainda não teve a identidade descoberta
O corpo de Clarinha, a paciente misteriosa que ficou internada durante 24 anos no Espírito Santo, deve permanecer no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, por mais 40 dias.
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Clarinha morreu na última sexta-feira (15) e foi carinhosamente apelidada pela equipe de saúde que prestava os cuidados. A verdadeira identidade, no entanto, ainda não foi descoberta.
O motivo da permanência do corpo é, justamente, a busca pelos familiares. De acordo com a auxiliar de perícia, Polyanna Caliari Modesto, desde a morte da paciente, cinco pessoas de vários estados entraram em contato solicitando exames de parentescos.
"Na nossa rotina, o corpo não identificado permanece no DML durante 30 dias, antes de ser sepultado. Depois que cessarmos as tentativas com os testes das digitais, nós vamos para o exame de DNA, que demora 40 dias para ficar pronto. Acredito que nos próximos 40 dias ela ainda continuará aqui", informou.
Para os exames, a equipe conseguiu recuperar com perfeição as digitais de Clarinha. As comparações das digitais com prováveis familiares é o primeiro exame a ser feito para buscar a identificação.
Em alguns casos, não há necessidade do exame de DNA, porque com as digitais já é possível confirmar parentesco. No entanto, até agora, não foi o caso da Clarinha.
Até o momento, cinco pessoas, do Espírito Santo, Bahia, Brasília, São Paulo e Paraná realizam as comparações das digitais. Dois testes já deram negativos.
O perito do laboratório de necropapiloscopia forense, João Carlos Quemeli, explicou que as digitais foram recuperadas pela equipe de perícia e estão em perfeitas condições para fazer os confrontos com possíveis familiares.
"Nas primeiras fichas que recolhemos quando ela chegou no DML, não tivemos êxito, a Clarinha não tinha digital. No final de semana, nosso perito Marcos Pinheiro fez uma técnica de tratamento das falanges digitais e, por isso, conseguimos o material que está pronto para fazer o confronto com qualquer pessoa de qualquer lugar do Brasil", explicou.
De acordo com Jorge Luiz Potratz, médico que cuidou da paciente durante o período em que ela esteve internada, caso não seja encontrada a família, já existe um lugar selecionado para o sepultamento.
"O cemitério será Maruípe, caso nenhuma das famílias se defina como sendo positiva para o caso. Se der positivo, a família vai decidir onde sepultar. Por isso nada foi definido ainda", relatou o médico.
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