Detetives desaparecem ao investigar sumiço de 43 estudantes no México
Investigadores federais designados para caso do desaparecimento de 43 estudantes no México também desaparecem
O mistério em torno do desaparecimento de 43 estudantes universitários no México completa uma década, com um novo e sombrio capítulo: dois detetives federais encarregados de investigar o caso também desapareceram. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou na terça-feira (12/3) que uma operação de busca foi iniciada para localizar os dois detetives, um homem e uma mulher.
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López Obrador expressou preocupação, afirmando: "Espero que isso não tenha relação com aqueles que não querem que encontremos os jovens".
Os desaparecimentos lançam luz sobre a deterioração da lei e da ordem no estado de Guerrero, onde está situado o conhecido balneário de Acapulco. O estado tem sido palco de um mistério persistente envolvendo o desaparecimento de 43 estudantes de uma faculdade rural, ocorrido há uma década. Em várias partes do México, os cartéis têm recorrido ao uso de minas terrestres, indicando um recrudescimento da violência no país.
Acredita-se que os estudantes tenham sido sequestrados por autoridades locais vinculadas ao crime organizado e posteriormente entregues a traficantes de drogas para serem executados. No entanto, os motivos por trás dessas ações ainda permanecem obscuros.
Estudantes da faculdade, localizada em Tixtla, ao norte de Acapulco, têm um histórico de manifestações e confrontos com as forças policiais, conforme reportado pelo "Independent". Na semana passada, um estudante foi morto a tiros em um incidente que a polícia descreveu como um confronto com universitários que estavam em um carro roubado.
Apesar dos esforços, apenas fragmentos de ossos queimados de três dos 43 estudantes desaparecidos foram identificados. A busca concentra-se principalmente em locais clandestinos de despejo de corpos em áreas rurais e remotas do estado, onde os cartéis de drogas exercem seu domínio com extrema violência.
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