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Acidente em Camburi: PMV diz que avenida não é adequada para instalação de radares

Prefeitura de Vitória recebeu um ofício, nesta segunda-feira, da OAB-ES, pedindo a implantação dos equipamentos na Dante Michelini. Setran diz que pedido passará por avaliação

Redação Folha Vitória

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Foto: Alice Mourão | TV Vitória

A instalação de radares eletrônicos para redução de velocidade na Avenida Dante Michelini poderia causar retenções no trânsito e maior risco de acidentes. É o que afirma a Prefeitura de Vitória, que diz que uma análise sobre a instalação desses equipamentos já foi feita, mas que, na ocasião, foi constatado que a alternativa não seria adequada para a via.

Nesta segunda-feira (18), a Prefeitura de Vitória recebeu um ofício da seccional no Espírito Santo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), pedindo que fossem instalados radares de redução de velocidade e de avanço de sinal vermelho na orla de Camburi.

Segundo a OAB-ES, o pedido foi motivado pelo acidente ocorrido na última sexta-feira (15), que resultou na morte da estudante e modelo Luísa Lopes, de 24 anos. Na ocasião, ela foi atropelada na Avenida Dante Michelini, próximo ao Clube dos Oficiais, enquanto andava de bicicleta.

No ofício, o presidente da Ordem, José Carlos Rizk Filho, salienta que a utilização de radares eletrônicos é comum em locais de muita movimentação de pedestres e onde se perceba a necessidade de diminuir a velocidade dos veículos, a fim de reduzir a quantidade de acidentes.

Por meio de nota, a Prefeitura de Vitória informou que o ofício da OAB-ES foi recebido e passará por uma avaliação técnica da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória (Setran).

A Setran afirmou ainda que a sinalização da via segue todas as normas estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Segundo a secretaria, a via está bem sinalizada e tem velocidade regulamentada de 60km.

A Prefeitura de Vitória citou um levantamento feito pelo Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo, que apontou que o número de acidentes na Avenida Dante Micheline está em queda.

Segundo o levantamento, em 2019, foram registrados 314 acidentes e uma morte; em 2020, 276 e sem vítima fatal; e, em 2021, 176 acidentes, também sem mortes.

"A Setran reforça que milhares de pessoas receberam orientações e material de divulgação das equipes de Educação para o Trânsito em escolas, feiras livres, centros comunitários, eventos internos e externos, cruzamentos, palestras, entre outros. Também foram utilizados teatros, representações artísticas e apresentações lúdicas com personagens que fazem alusão aos perigos e às diversas situações do dia a dia no trânsito. A Setran apela aos motoristas que obedeçam a sinalização de trânsito para evitar acidentes", finalizou a prefeitura.

Condutora do veículo foi liberada após pagar fiança de R$ 3 mil

Luísa Lopes, que também era passista da escola de samba Unidos de Jucutuquara, morreu após ser atingida por um carro de passeio, na avenida Dante Micheline, na Praia de Camburi, na noite de Sexta-Feira da Paixão. O acidente aconteceu na altura do Clube dos Oficiais, no sentido Jardim Camburi.

Foto: Reprodução
Adriana foi detida, mas acabou liberada depois de pagar fiança de R$ 3 mil

A condutora do veículo envolvido no acidente, Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, chegou a ser detida, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 3 mil.

Logo depois do acidente, Adriana se negou a realizar o teste do bafômetro. No entanto, policiais constataram que ela possuía sinais visíveis de embriaguez e, por isso, a condutora foi autuada por dirigir sob efeito de álcool.

A defesa de Adriana alega, no entanto, que ela não foi a responsável pelo atropelamento que tirou a vida de Luísa. Isso porque, segundo o advogado dela, Jamilson Monteiro Santos, testemunhas disseram que outro carro causou o acidente e que a vítima teria sido arremessada no veículo de Adriana.

Imagens de videomonitoramento da Avenida Dante Michelini foram entregues à Polícia Civil e podem ajudar a esclarecer o que de fato aconteceu.

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