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Julgamento de Georgeval: Defesa pretende recorrer da sentença

Georgeval Alves foi condenado a 146 anos e prisão que, inicialmente, deverá ser cumprida em regime fechado

Foto: TV Vitória

O julgamento de Georgeval Alves durou dois dias e foi encerrado na noite desta quarta-feira (19). O réu foi condenado a 146 anos e 4 meses de prisão por ter estuprado e matado o filho e o enteado na madrugada do dia 21 de abril de 2018.

Na saída do Fórum de Linhares, os advogados que atuaram na defesa foram hostilizados pelo público que estava do lado de fora do local. O advogado Hobert Limoeiro ressaltou que, mesmo diante da condenação, Georgeval manteve a versão da inocência e revelou que pretende recorrer do veredito.

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“Uma confissão seria muito mais interessante para a defesa. Mas, a todo momento, ele ressalta questão da inocência. A defesa vai seguir dentro dos recursos cabíveis, para que haja numa nova oportunidade de mostrar o que estava no processo para conseguir chegar a absolvição e reconhecimento da inocência”, afirmou.

“Réu se mostra com uma personalidade perversa”, diz juiz

Durante a leitura da sentença, o juiz Tiago Fávaro Camata escreveu que Georgeval teria aproveitado da ausência da então esposa, Juliana Alves, para cometer o crime.

“O réu cometeu os crimes pelos quais foi pronunciado. Julgo procedente a condenação. Destaco que o réu se aproveitou o momento em que Juliana estava viajando com as crianças, estando ausente de casa, para cometer os fatos narrados, o que mostra um crime premeditado. O réu se mostra com uma personalidade perversa, com vida dupla e com capacidade de dissuadir e angariar fiéis sem mostrar sua verdadeira face”, apontou o juiz.

Os jurados ouviram a sentença de braços dados. Emocionada, uma das integrantes do júri chorou ao ouvir o juiz agradecendo a presença deles no plenário.

Georgeval deixa o Fórum em viatura

Um vídeo registrado pela repórter Mayra Bandeira, da TV Vitória/Record TV, mostra o momento exato em que Georgeval Alves deixa o Fórum de Linhares a bordo de uma viatura.

“A perda de cinco anos não tem consolo”, diz pai de Kauã 

Após a sentença de Georgeval Alves, familiares paternos do pequeno Kauã Sales Butkovsky, deixaram o Fórum de Linhares, no Norte do Espírito Santo, muito emocionados. 

Rainy Butkovsky, pai de Kauã, conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV assim que o segundo dia de julgamento foi encerrado. Ele contou que, ao longo dos cinco anos, a falta de justiça doeu tanto quanto a morte do filho.

“Foi bem desgastante ficar aqui dois dias, vendo as cenas do meu filho, vendo fotos que machucam o nosso coração. A perda de cinco anos é uma perda que não tem consolo. Não tem conforto que vai fazer amenizar a dor que eu estou sentido, que minha mãe está sentindo. Isso nunca vai ser amenizado, mas, pelo menos, hoje a gente pode colocar a cabeça no travesseiro e saber que a justiça dos tribunais foi feita.”

A avó de Kauã, Marlúcia Butkovsky, também comemorou a condenação de Georgeval. “A condenação dele, divina, já foi. Hoje foi a da terra. Eu falei que não me calaria enquanto não visse a justiça pelo meu neto”, disse, 

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