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Alemanha legaliza uso recreativo da maconha, mas é exceção global. Entenda

Aprovada em Berlim, a medida enfrentou resistência de conservadores e associações médicas, que temem o aumento do consumo entre os jovens

Brenno Ramos

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Divulgação

A partir desta segunda-feira (1º), entrou em vigor na Alemanha uma lei que permite o uso da maconha para fins recreativos. Sob a nova legislação, aprovada em fevereiro, pessoas maiores de 18 anos podem portar até 25 gramas da substância em espaços públicos, cultivar até 50 gramas e possuir até três plantas de cannabis em suas residências.

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Apesar da aprovação, a medida enfrentou oposição de conservadores e algumas associações médicas. O governo liderado pelo chanceler social-democrata Olaf Scholz, em coalizão com liberais e ecologistas, argumenta que a legalização contribuirá para reduzir o mercado clandestino da maconha. No entanto, organizações de saúde alertaram para o possível aumento do consumo entre os jovens.

Comprometido com a conscientização sobre os riscos do consumo, o governo prometeu uma campanha informativa, enfatizando que o uso da cannabis continua proibido para menores de 18 anos e que é vedado consumir a menos de 100 metros de escolas, creches e parques infantis.

Apesar de ser uma exceção, a legalização coloca Berlim entre os locais mais permissivos em relação à maconha em todo o mundo. Na União Europeia (UE), apenas Malta, em 2021, e Luxemburgo, em 2023, além da Alemanha agora, legalizaram a planta. Globalmente, apenas Uruguai, em 2013, e Canadá, em 2018, adotaram medidas similares.

É importante ressaltar que a autorização para o uso da maconha com propósitos medicinais é mais ampla e está presente em cerca de 50 países ao redor do mundo.

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