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Caso Joca: Anac abre processo para investigar morte de cão em voo

Joca deveria encontrar o tutor, João Fantazzini, no Mato Grosso, mas acabou indo parar em Fortaleza, capital do Ceará

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução redes sociais

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou um processo administrativo para apurar os motivos que levaram à morte do cachorro Joca, enviado para o destino errado, na última segunda-feira (22). 

Joca deveria encontrar o tutor, João Fantazzini, no Mato Grosso, mas acabou indo parar em Fortaleza, capital do Ceará. O cão e o tutor viajaram em voos separados e o golden estava em um compartimento de transporte.

A instauração do processo ocorreu após reunião entre o diretor-presidente da Anac, Tiago Pereira, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

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Segundo a Anac, foram solicitados à Gol,companhia responsável pelo voo no qual Joca morreu, mais detalhes sobre as condições de transporte do animal, o envio para localidade diversa contratada e as condições para a prestação desse tipo de serviço. 

O objetivo da agência é abrir um processo de fiscalização conforme as constatações apuradas.

“O transporte de animais de estimação e animais de assistência emocional, quando ofertado pelas empresas aéreas, implica a responsabilidade destas pelos animais transportados desde o embarque até o recebimento, aplicando-se as disposições constantes do contrato firmado entre as partes”, reforçou a Anac.

Além da Agência de Aviação, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) também tomou providências sobre o caso. 

O órgão, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a Gol e estipulou prazo de dois dias para que a companhia aérea preste esclarecimentos sobre a morte de Joca.

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O cachorro da raça golden retriever de cinco anos morreu durante um transporte aéreo realizado pela Gollog, empresa da companhia aérea Gol, após uma falha operacional durante o embarque do animal de estimação.

Por meio das redes sociais, o tutor de Joca, João Fantazzini, lamenta a perda, assim como responsabiliza a Gol pela fatalidade.

"Você é o amor da minha vida, desculpe por qualquer coisa. Eles precisam pagar. Mataram meu filho", publicou nos stories do Instagram.
"Você me ensinou o que é um amor verdadeiro, o que é empatia e o verdadeiro significado de parceira e amor! Minha saudade vai ser diária!", continuou. 

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A Gol suspendeu por 30 dias a partir desta quarta-feira (24), o serviço de transporte de cães e gatos para viagens no porão das aeronaves.

A decisão foi tomada após a morte de um cão Golden Retriever de cinco anos na segunda-feira, (22), devido a uma falha operacional durante o embarque do animal de estimação em serviço prestado pela Gollog, empresa da companhia aérea. Segundo a Gol, o objetivo é concluir o processo de investigação do caso.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), a família que era tutora do cão prestou depoimento na tarde de terça-feira (23).

"A Delegacia do Meio Ambiente (Dicma) de Guarulhos instaurou inquérito policial para investigar todas as circunstâncias dos fatos. A mãe do tutor do animal compareceu à unidade policial e prestou depoimento", disse a SSP.

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Joca estava identificado como Kiara 

O golden retriever Joca estava em uma caixa com etiqueta com destino a Manaus e identificado como outro animal, com o nome de Kiara.

O tutor cobra atitudes da companhia aérea e afirma que é preciso ter cuidados com animais, assim como com pessoas que viajam nas aeronaves.

"Eles têm que ter a responsabilidade igual têm com alguém dentro de avião, e não é justo ele morrer daquele jeito", lamenta.

Uma portaria da Agência Nacional de Aviação Civil autoriza o transporte de animais em voos, mas cada companhia aérea estabelece critérios próprios. A Gol afirmou que lamenta com o ocorrido e se solidariza com o tutor. 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou uma gravata especial para homenagear o cachorro "Joca", um golden retriever de cinco anos que morreu durante um transporte aéreo realizado pela Gollog, empresa da companhia aérea Gol, na segunda-feira (22).

O petista também cobrou providências da companhia aérea e uma fiscalização mais ostensiva por parte da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).

Durante uma cerimônia de assinatura de projetos voltados ao Ministério da Cultura, Lula afirmou que o uso da gravata, que é ilustrada com um desenho de cachorro, era uma forma de protesto ao que ocorreu com o golden retriever.