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Greve na Ufes: professores decidem manter os portões fechados até sexta-feira

A Administração Central da Ufes, no entanto, não concorda com a postura adotada pelo movimento, defendendo a abertura dos portões

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Os portões da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) devem permanecer fechados até sexta-feira (19). A greve dos docentes da universidade, que se alinha a um movimento nacional, teve início na última segunda-feira (15)

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Desde então, as atividades na universidade estão suspensas, mas o Restaurante Universitário (RU) continua funcionando e alunos são liberados para as refeições nos horários de almoço e jantar. 

Foto: Reprodução/Adufes

Além disso, os auxílios estudantis concedidos por meio do Programa de Assistência Estudantil da Ufes (Proaes-Ufes), assim como as bolsas, continuarão sendo pagas.

A decisão de manter os portões fechados pelo resto da semana foi publicada nas redes sociais da Associação de Docentes da Ufes (Adufes). 

Além do RU, os grevistas garantem o funcionamento da Escola Experimental que existe dentro do campus de Goiabeiras.

A Administração Central da Ufes, no entanto, não concorda com a postura adotada pelo movimento, defendendo a abertura dos portões.  

"A abertura dos portões de acesso ao campus de Goiabeiras, com a garantia do direito constitucional de ir e vir da comunidade. Este foi o apelo feito pelos representantes da gestão da Ufes aos membros do comando de greve dos docentes na primeira reunião da comissão de interlocução com o movimento grevista, realizada na tarde desta terça-feira (16)", diz a nota.

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Além disso, a Ufes informou que, diante da resistência do comando de greve sobre a abertura dos portões, a comissão de interlocução apresentou uma lista com atividades consideradas imprescindíveis para que a entrada seja liberada.

Entre as atividades solicitadas, está a abertura do Teatro Universitário para a realização de eventos acadêmicos e culturais previamente agendados, serviços realizados por empresas terceirizadas e o acesso dos diretores aos centros de ensino.

Em reuniões anteriores, a Ufes se comprometeu a não judicializar o movimento, após ruídos de comunicação entre a Adufes, que ocasionou no fechamento do RU no primeiro dia de greve.

"A Administração Central também reforça o compromisso de não judicializar a greve. Entretanto, não será leniente com atitudes ilegais como, por exemplo, o impedimento do direito constitucional de ir e vir", finaliza a nota.

O ato paredista que acontece na Ufes faz parte de um movimento nacional de docentes das federais (institutos e universidades) buscando melhores condições de trabalho.

Dentre as reivindicações da classe estão a restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino, ampliação dos programas de assistência estudantil, revogação do novo ensino médio e melhoria das condições de trabalho.