PORTÕES FECHADOS

Ufes diz que greve impede abertura do RU, mas grevistas negam falta de acesso

Com portões fechados, a Ufes está com as atividades suspensas nesta segunda-feira (15); segundo grevistas, o movimento não impede que o Restaurante Universitário funcione

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Leitor | Whatsapp Folha Vitória

A greve na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foi o gatilho para um imbróglio envolvendo o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) nesta segunda-feira (15), início da paralisação dos docentes. Por conta do ato, a Ufes suspendeu as atividades do dia.

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A Administração Central da universidade informou que o movimento paredista impede o funcionamento do RU em Goiabeiras e também o fornecimento das refeições para o campus de Maruípe. Além disso, afirmou que não foi comunicada sobre o fechamento dos portões.

"A Administração Central da Ufes informa ainda que, em reunião realizada na semana passada com a diretoria da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), na qual também se conversou sobre a paralisação, em nenhum momento a gestão da Universidade foi comunicada sobre esta ação, que prejudica não só a circulação dentro do campus, mas também impede, por exemplo, o funcionamento do Restaurante Universitário em Goiabeiras, o fornecimento de refeições para o campus de Maruípe, e demais serviços, como agências bancárias, cantinas, etc", diz a nota.

No entanto, pelas redes sociais, a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), que realiza o movimento, informou que a passagem dos trabalhadores está liberada e não será afetada pelo movimento.

De acordo com a publicação, os trabalhadores do RU devem entrar no campus pelo portão norte. Além disso, os veículos dos trabalhadores do restaurante também estão liberados e os estudantes terão acesso nos horários de almoço e jantar. 

Após a suspensão do RU, a Adufes informou também que ofereceu o custeio das marmitas aos alunos, mediante a informação de quantas refeições seriam.

"Adufes ofereceu o custeio das marmitas para os estudantes mediante a informação de quantas refeições são necessárias. Essa decisão foi comunicada às 9h27 e o Sindicato aguarda a informação para encomendar as refeições para os estudantes de Maruípe e aqueles que estiverem em Goiabeiras.  O Comando de Greve salienta que em nenhum momento impediu ou impedirá que trabalhadores do RU e insumos necessários para que o seu funcionamento cheguem ao local, assim como estudantes acessem as refeições", informou.

Uma reunião entre a Adufes e a reitoria da universidade, para debater os temas relacionados ao movimento, está marcada para a tarde desta segunda-feira (15).  

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Ainda na nota da Administração Central, a universidade informa que reconhece a legitimidade do movimento e das pautas apresentadas pela categoria ao nível nacional e vai tentar minimizar os impactos do movimento aos estudantes.

"A Administração Central da Ufes reafirma que dará sequência ao diálogo com o comando local de greve e manterá a comunidade universitária informada", finaliza.

O ato paredista faz parte de um movimento nacional de docentes das federais (institutos e universidades) buscando melhores condições de trabalho. 

Dentre as reivindicações da classe estão a restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino, ampliação dos programas de assistência estudantil, revogação do novo ensino médio e melhoria das condições de trabalho.