Quem precisou usar os ônibus do sistema Transcol neste sábado (11) certamente já percebeu a novidade. Pelos próximos 30 dias, os usuários vão precisar passar o cartão nos dois validadores. Primeiro no antigo (azul), depois no novo (vermelho).
A medida faz parte da primeira fase do Bilhete Único Metropolitano do Sistema Transcol. Isso vai acontecer para que o novo sistema reconheça os dados do validador antigo e não haja necessidade de fazer a troca dos cartões.
A ação com os cartões deve ser realizada todas as vezes que o usuário embarcar em algum ônibus nos próximos 30 dias. Após esta data, o validador antigo será retirado, ficando apenas o novo sistema. Quem não habilitar o cartão neste prazo, deve procurar os postos do GVBus para solicitar o serviço.
Veja como funciona na demonstração do webrepórter Iures Wagmaker, gravada no dia do lançamento do Bilhete Único Metropolitano:
A partir de julho, a previsão do Governo do Estado é que o mesmo cartão seja utilizado também para pagamentos de passagens nos ônibus que circulam apenas no município de Vitória. Em Vila Velha, ainda não há uma previsão para o novo processo ser iniciado.
O serviço também será utilizado no transporte aquaviário, assim que o novo meio de transporte for implantado, nas cidades de Vitória e Vila Velha. No entanto, segundo o Governo do Estado, a implantação do Aquaviário deve acontecer apenas em 2020.
De acordo com o secretário estadual de Transportes e Obras Públicas, Fábio Ney Damasceno, a ideia é integrar todas as modalidades de transporte público metropolitano.
“Qualquer sistema hoje com Bilhete Único Metropolitano vai ter que aceitar o novo bilhete único. Então, quando vier o Aquaviário vai estar previsto que tem que aceitar o mesmo sistema de bilhetagem. Nós estamos conversando com os sistemas de bicicletas municipais, que possa ser integrado ao Bilhete Único Metropolitano. É um processo de integração dos sistemas de transportes. Isso é o que a gente tem de mais moderno em mobilidade no mundo hoje: você ter um único cartão que você possa fazer todo o pagamento de sua viagem”, frisou.
Segundo Damasceno, a necessidade de o usuário passar o cartão nos dois validadores, durante 30 dias, ocorrerá para que o novo sistema reconheça os dados do antigo e não haja necessidade de fazer a troca dos cartões.
“Vamos ter que trocar a tecnologia do validador antigo para o validador novo, migrando todos os dados dos cartões que estão em circulação – são mais de 1,2 milhão cartões em circulação – para o novo sistema. Para não trazermos transtornos aos usuários, isso vai ser feito automaticamente dentro dos ônibus”, explicou.
A expectativa do Governo do Estado é que o novo sistema seja utilizado por pelo menos 90% dos usuários, evitando a circulação de cédulas de dinheiro e trazendo mais segurança aos passageiros.
“Isso é a migração, não só do sistema, mas a migração dos seus créditos. Se você tem R$ 20 de crédito no seu cartão, nós estamos transferindo para o novo sistema esses créditos também, para ninguém perder inclusive dinheiro. Então esse é um processo que tem que ser feito nos próximos 30 dias. Toda vez que usar o Transcol, vai ter que usar isso, porque os dois validadores estão interligados. A partir dos 30 dias, nós vamos eliminar o validador velho e aí passa a funcionar só o novo”, completou o secretário.
Tarifa
Já o diretor executivo do GVBus, Elias Baltazar, ressaltou que a implantação do novo sistema de bilhetagem não impactará a tarifa nos ônibus da região metropolitana.
“Na proposta comercial feita pelos consórcios, na época da licitação, as despesas com bilhetagem eletrônica já compõem o preço do quilômetro que os consórcios ofertaram naquela licitação. Então os investimentos de bilhetagem eletrônica são decorrentes daquela proposta. Como tecnologia, a cada cinco ou seis anos, no máximo, a gente tem que fazer a substituição, porque ela evolui de forma significativa, isso já estava previsto dentro da proposta comercial, que periodicamente o sistema deveria passar por upgrades para agregar novas tecnologias”, explicou.
Baltazar destacou ainda que o novo sistema possibilitará uma agilidade muito maior na prestação dos serviços. “As empresas dos consórcios operadores do sistema Transcol optaram por fazer uma migração do sistema de bilhetagem, saindo de um sistema offline, um sistema que está ultrapassado tecnologicamente, e contratando um novo serviço de bilhetagem eletrônica, com sistema online. Ele funcionará de forma muito mais veloz e adequada para oferecer vários tipos de serviços aos usuários”, destacou.
“O sistema offline é aquele que você só recebe informação nas garagens à noite. Se alguém perder o cartão, eu só vou conseguir bloqueá-lo no dia seguinte. Se eu estou fazendo uma recarga individual, eu só vou receber essa recarga no dia seguinte a bordo desses coletivos. Eu tenho que mandar para as garagens, à noite os ônibus dentro das garagens vão fazer a leitura, via antena, e absorver as novas informações. No sistema online, se o usuário perder o cartão, ele vai fazer a ligação, pedir o bloqueio e em 10 a 15 minutos, no máximo, essa informação do bloqueio dele já estará dentro do ônibus, esse cartão será bloqueado e não poderá ser utilizado por terceiros”, completou o diretor do GVBus.