Diante da decisão do governo do Estado, de interromper a aplicação de doses da Oxford/AstraZeneca em mulheres grávidas, e da escassez da Coronavac em todo o Brasil, a vacinação das gestantes que possuem comorbidades vai seguir com doses da Pfizer no Espírito Santo. No entanto, devido à dificuldade de armazenamento dessa vacina, a aplicação ocorrerá somente em cidades consideradas pólos de cada região.
A princípio, por orientação do Ministério da Saúde, as doses da Pfizer seriam destinadas exclusivamente para a cidade de Vitória, para a imunização das pessoas com comorbidades. Agora será feita uma força-tarefa para ampliar a chegada do imunizante às gestantes de outros municípios.
“A grávida que tomar a vacina provavelmente será aquela grávida que tem alguma doença de base, alguma comorbidade. Nós estamos levantando essas informações nos municípios. E nós vamos estabelecer, então, um modelo de levar a vacina até um ponto regional, uma cidade pólo daquela região, e os demais municípios levam as gestantes até lá para tomar a vacina”, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin.
A produção da TV Vitória/Record TV entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e questionou quais são esses municípios-pólo, quantas doses eles irão receber e quando será iniciada a vacinação de gestantes e mulheres com até 45 dias de pós-parto (as puérperas). No entanto, até o fechamento da reportagem, não houve resposta.
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A decisão do governo estadual de suspender a vacinação das gestantes com a vacina da AstraZeneca aconteceu por orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a suspensão do uso do imunizante também em mulheres com até 45 dias de pós-parto com comorbidades.
Com relação àquelas que não possuem doenças pré-existentes, o ministério decidiu suspender a aplicação de doses com qualquer que seja a vacina. A medida vale durante as investigações de possíveis casos de reações adversas graves provocadas pelo imunizante.
Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV