A Justiça negou um pedido para que o processo referente à morte da estudante e modelo Luísa Lopes, de 24 anos, corra em sigilo. Ela foi atropelada na Sexta-Feira da Paixão, quando atravessava de bicicleta a Avenida Dante Michelini, na Praia de Camburi, em Vitória.
O requerimento foi feito pela defesa da corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, indiciada como responsável pelo acidente que matou Luísa.
No pedido, o advogado de Adriana, Jamilson Monteiro Santos, alegou que a corretora vem sofrendo diversas ameaças, em razão da grande publicidade dada pela imprensa ao caso.
No entanto, a juíza Cláudia Vieira de Oliveira Araújo, da 6ª Vara Criminal de Vitória, responsável pela decisão, alegou que o fato “já foi amplamente noticiado pela imprensa” e que “não existem informações constantes neste feito que necessitam de sigilo, as quais, inclusive, já foram veiculadas”.
“Ademais, apesar da alegação de que a autuada vem sofrendo ameaças, não foram juntados aos autos documentos que comprovem tal alegação”, destacou a magistrada, na decisão, proferida na última sexta-feira (29).
O advogado Jamilson Monteiro Santos disse à produção da TV Vitória/Record TV que não há o que comentar, no momento, sobre essa decisão.
Já o advogado da família de Luísa, Marcos Vinicius Sá, disse que esteve na delegacia nesta segunda-feira (2), onde conversou com o delegado responsável pelo caso. Segundo o advogado, o delegado explicou como a investigação está sendo conduzida e disse que ainda aguarda a prova pericial para a conclusão do inquérito.
Relembre o caso
O acidente que resultou na morte de Luísa Lopes aconteceu na noite do dia 15 de abril, na Avenida Dante Michelini, em frente ao Clube dos Oficiais. A jovem andava de bicicleta, quando foi atingida pelo veículo dirigido por Adriana Felisberto.
As câmeras de videomonitoramento da via registraram o momento da colisão. Segundo a Secretaria de Segurança Urbana de Vitória, Luísa teria atravessado fora da faixa de pedestres e com o sinal aberto para os veículos.
De acordo com a polícia, a motorista do carro que atingiu a jovem apresentava sinais de embriaguez. No entanto, Adriana se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ela chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 3 mil.
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