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Baú de memórias: a paixão de 17 anos pela notícia de Helio Dórea no Folha Vitória

A coluna Helio Dorea, que é lida ao redor do mundo, completa 17 anos nesta sexta-feira (10) junto com o jornal online. Confira algumas de suas histórias

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: Maria Clara Leitão/Folha Vitória

O Folha Vitória completa 17 anos nesta sexta-feira (10), e junto com quase duas décadas de existência, caminha em conjunto o principal colunista social do Espírito Santo, Helio Dórea, de 92 anos. Sua coluna está no ar desde a criação do jornal online, no dia 10 de maio de 2007.

Helio Dórea foi convidado na época pelo então diretor-geral da Rede Vitória, Fernando Machado, e pelo presidente do Grupo Buaiz, Americo Buaiz Filho, para participar da equipe. E afirma que aceitou o convite de prontidão. 

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De sorriso largo, bom humor inigualável e um repertório repleto de histórias, Helio Dórea recebeu a reportagem do Folha Vitória no seu apartamento, na Praia da Costa, em Vila Velha. 

O colunista é uma lenda viva do jornalismo capixaba. Ele começou a escrever no ano de 1955, no Diário, que não foi apenas um importante veículo formador de opinião para a sociedade do Espírito Santo, mas também um laboratório para a formação de novos jornalistas. 

Mesmo com um assunto bem humorado, o colunista não deixa de ressaltar que coluna social é "coisa muito séria" e sempre presou pela exclusividade nas notícias. 

"Assim que aceitei o convite para trabalhar, falei que gostava da liberdade, sem muitas alterações ou censuras na coluna. E o Folha Vitória sempre prezou pelo respeito, nunca tive nenhum tipo de atrito e é importânte ressaltar que o Folha é o jornal online número um", afirma.
Foto: Maria Clara Leitão | Folha Vitória

Coluna é lida ao redor do mundo

Ele já foi considerado o colunista há mais tempo em atividade do mundo, pelo Jornal de Letras, ao completar, em 2024, o total de 68 anos anos de colunismo diário. 

A pesquisa com o marco foi realizada por Manoela Ferrari, filha do jornalista Manolo Cabral e da pianista Sônia Cabral, e está no Jornal de Letras, mensário do Instituto Antares de Cultura, do Rio de Janeiro. 

Ao longo dos anos, Helio Dórea destacou a diversidade e mudanças que ocorreram nas colunas. Ele destaca que, antigamente, elas eram mais voltadas para a cobertura de eventos, como casamentos e festas de 15 anos. 

"Hoje em dia sentimos que caiu apenas a social e passou a ser uma coluna mais versátil, que acompanha todos os acontecimentos da comunidade. Ressaltando que lançamos em primeira mão os acontecimentos da sociedade", disse. 

O colunista conta que uma das mais marcantes entrevistas que fez foi com Antônio Oliveira Santos, que foi, durante 38 anos, presidente na Confedereção Nacional do Comércio (CNC). 

"Ele era o homem que foi uma grande referência e que se confunde com a trajetória dentro da Confedereção Nacional do Comércio (CNC). Além de ter ajudado muito o Espírito Santo. Consegui entrevistá-lo quando veio para o casamento de uma filha", revelou. 

Na última quinta (9), Helio Dórea foi homenageado com a Comenda Antônio Oliveira Santos, honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo dentro das comemorações de aniversário de 70 anos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), no Sesc Glória, em Vitória.

Black-tie e Catherine Deneuve

Dentre as histórias contadas, o colunista também lembra com orgulho do momento em que foi convidado para a inauguração da extinta casa noturna localizada em Paris, na França, batizada de Boate Regine's. 

"Fui convidado para a inauguração da boate em Paris. O dono era um brasileiro amigo meu e fui com a minha esposa. Era perto da Champs-Élysées, todos estavam de black-tie e lá conheci a atriz Catherine Deneuve", contou.

Sem planos de parar de escrever

Durante a entrevista, Helio Dórea não deixou de destacar que todas as notícias que transmite de forma cotidiana são marcantes. 

"É a primeira coisa que eu faço todos os dias. Leio todos os jornais em busca de notícias que acontecem ao redor do Brasil e do mundo. Alguns amigos meus moram no exterior, até mesmo na China, e conseguem ler a minha coluna no Folha Vitória", contou.

Sobre o futuro da coluna social no Brasil e no Espírito Santo, Helio Dórea afirma que não tem planos de parar. "Quando chegar aos 100 anos, eu vejo se quero me aposentar. Mas tenho a Hélia Dorea, que é a minha filha e sucessora", finalizou. 

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