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MPF entra com ação na Justiça contra bloqueios nos portões da Ufes

Foi estipulada também uma multa diária de R$ 10 mil e de R$ 500 para pessoas que participarem de futuros bloqueios

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a Justiça Federal o fim das manifestações grevistas que bloqueiam os portões de entrada da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Foi estipulada uma multa diária de R$ 10 mil e de R$ 500 para pessoas que participarem de futuros bloqueios. 

O órgão também pediu a proibição da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) e o Diretório Central dos Estudantes (DCEUfes) de fechar ou impedir o acesso à universidade. 

Ainda determina que as duas entidades paguem indenização por dano moral coletivo, em valor a ser definido pela Justiça.

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Os bloqueios na Ufes começaram no mês de abril, com a greve dos professores que acompanhou o movimento nacional das instituições federais. Ainda em abril, o MPF pediu esclarecimentos após receber denúncias de pessoas que haviam sido impedidas de entrar na instituição.

Após os bloqueios, que continuaram no dia 8 de maio, o MPF emitiu recomendações à Adufes e ao Diretório Central dos Estudantes (DCEUfes) para que os impedimentos de acesso fossem encerrados.

No dia 13 de maio, porém, foram recebidas novas denúncias apontando que os portões do Campus de Goiabeiras haviam sido novamente bloqueados, impossibilitando o livre acesso às instalações da universidade. 

Procurada pela reportagem do Folha Vitória, o Adufes informou que os bloqueios foram encerrados há uma semana. "A recomendação do MPF está sendo tratada pela assessoria jurídica da Adufes". 

Por meio de uma nota, a Administração Central da Ufes informou que avalia que a medida adotada pelo Ministério Público Federal assegura o direito constitucional de ir e vir da comunidade acadêmica e da população em geral. 

"A gestão da Ufes ressalta que apoia o direito constitucional de greve, mas o fechamento de portões extrapola esse direito e prejudica a manutenção de ações importantes para a comunidade universitária e para a sociedade", finaliza. 

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