A partir do dia 1º de julho, as atividades oferecidas no Programa Escolar, via aplicativo, internet e TV, vão passar a valer como carga horária do ano letivo dos estudantes da Rede Estadual. A informação foi confirmada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, e o secretário de Educação, Vitor de Ângelo. Com a pandemia, alunos capixabas já estão há mais de três meses com aulas presenciais suspensas, completando em julho, 100 dias sem atividades nas escolas.
Segundo o governador, os protocolos continuam sendo avaliados para uma possível retomada das aulas presenciais, mas ainda não há definição de data. Isso só será possível, quando os dados da Saúde e os profissionais orientarem a segurança do retorno das atividades. Casagrande garantiu que julho continuará sem aulas presenciais em todo o sistema de educação, por conta do crescimento dos casos de covid-19 no Estado.
Na manhã desta sexta-feira (26), o secretário de Educação participou do programa Espírito Santo no Ar, da TV Vitória / Record TV, e esclareceu algumas dúvidas que surgiram diante a informação divulgada. Confira:
Os alunos que não participaram as atividades que já estão sendo realizadas, serão prejudicados?
Eventualmente, de fato, alunos podem não estar aproveitado, como podem, sequer, estar conseguindo aproveitar. Não tem celular, não tem sinal de celular, não tem televisão, um sinal de televisão. Estou pensando nas soluções tecnológicas, daqueles que estão sem tecnologia. Mas esses alunos não serão prejudicados. Pois vamos fazer uma avaliação diagnóstico, exatamente para aferir quem aprendeu o que. Então, quem não participou ou quem participou, como algumas fragilidades, eu estou presumindo que isso vai aparecer na avaliação diagnóstica, que é uma espécie de uma radiografia, para que possamos saber a situação real de cada aluno do ponto de vista da aprendizagem. Com isso, estabelecer uma série de políticas e de estratégias para recuperação dessa dessa aprendizagem desde agora, mas sobretudo, quando a escola abrir presencialmente.
Como e quando a avaliação será feita?
Essa avaliação será feita no mês de julho, de maneira online, para alunos do sexto ano para frente. Entendemos que há uma particularidade aqui para os alunos entre o primeiro e o quinto anos, que foram estarão apenas presencialmente também uma prova online, mas dentro da escola, quando ela abrir.
Quem não tem internet, como fazer a prova online?
Não tem nenhum problema, tal como os alunos do Fundamental I, do primeiro ao quinto ano, essas pessoas também farão esta prova online, mas nos equipamentos na escola, quando a escola abrir. De modo que a prova será aplicada como uma avaliação de todos os alunos. É uma avaliação censitária. Não fica ninguém de fora.
As aulas continuarão, por enquanto, online. E aquele aluno que não tem a internet nem fazer para aprender nesse período?
Exatamente. O programa escolar, que estabelecemos no início de abril, é um programa de atividade pedagógicas não presenciais que podem envolver tecnologia ou não, entendendo que muita gente pode não ter acesso à internet. Então, para essas pessoas, não há uma situação de exclusão. Afinal, se elas não têm internet, elas vão ser atingidas através de uma atividade pedagógica remota, que não envolve a tecnologia. Portanto, não exclua este aluno do programa que a Secretaria implementou.
E qual vai ser essa atividade e como fazer para ter acesso?
Essas atividades já acontecem desde abril. O acesso dos alunos é uma decisão da escola. Temos dado essa autonomia às escolas, pois cada uma delas conhece melhor sua realidade. Às vezes, alunos têm ido à escola pegar ou as escolas têm levado aos alunos ou até um outro ponto de distribuição. Há uma complexidade muito grande no território capixaba.
As aulas elas tão acompanhadas no sentido de ter falta ou não?
Vamos monitorar a frequência e isso pode levar a atribuição no sistema de presença ou de falta. Mas essa discussão precisa ser feita, ainda, posteriormente, e para além da Secretaria de Educação, inclusive com os órgãos que regulamentam o próprio sistema de ensino, que diante de uma situação excepcional que vivemos em razão da pandemia, pode ser que diante de algumas circunstâncias, mesmo monitorando a frequência e vendo que o aluno esteve ausente, não venhamos atribuir falta.
*Com informações da repórter Suellem Araújo, da TV Vitória / Record TV