Dia de Santo Antônio: entenda a tradição da bênção dos pães
Na Grande Vitória, diversas comunidades terão missas e a tradicional bênção ao longo do dia
Católicos de todo o mundo celebram, nesta terça-feira (13), o Dia de Santo Antônio, um dos santos mais populares da igreja. Como tradição, diversas comunidades e paróquias realizam a bênção dos pães. O que muitos podem não saber é que este costume tem ligação com a vida do bem-aventurado.
Segundo o Pároco e Reitor do Santuário-Basílica de Santo Antônio, em Vitória, padre Marcos Dias de Sales, a história do santo conta que ele era muito caridoso com os mais pobres e sempre confiava na providência de Deus.
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"Conta a tradição que uma vez bateu, no convento onde Santo Antônio morava, uma família com fome. Ele não tinha nada, então foi na cozinha e pegou todos os pães dos frades e deu para a família. Quando o frade responsável pela cozinha procurou os pães, ficou desesperado e foi falar com Antônio e perguntou onde estavam. Confiante na misericórdia de Deus, Antônio falou para que ele não se preocupasse, pois tudo daria certo. Quando ele voltou para a cozinha, lá estava muitos pães multiplicados", contou.
Para o padre Marcos, o simbolismo da benção dos pães até hoje representa que a multiplicação dos pães e a partilha com os mais necessitados deve continuar na sociedade.
"Quando nós partilhamos com amor e nos preocupamos com o outro, Deus sempre proverá. É a confiança no amor de Deus e na misericórdia. Os pães de Santo Antônio nos traz essa lembrança: nós somos abençoados e devemos estar sempre partilhando em nossa vida", afirmou o padre.
Quem foi Santo Antônio
Fernando Antônio de Bulhões nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. Filho único e de família rica, Antônio gostava, desde cedo, de ficar mais recolhido e estudar.
Aos 19 anos, Antônio entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai, onde morou por 2 anos. Transferido para Coimbra, foi ordenado sacerdote e possuía o dom da palavra, o conhecimento e grande poder de pregação.
Em Coimbra, o Padre Antônio conheceu os freis franciscanos e entusiasmou-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho. Pouco depois, tornou-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.
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A pedido, foi transferido para o Marrocos no intuito de pregar o evangelho. No meio do caminho, porém, Frei Antônio ficou muito doente e foi forçado a voltar para Portugal.
Na viagem de volta, o barco foi desviado e foi para Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Foi neste local que Antônio conheceu pessoalmente São Francisco de Assis.
Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.
Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu.
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Em Lisboa os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.
Protetor das coisas perdidas, dos casamentos e dos pobres, Antônio é o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados.
Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.
Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal. Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Oração a Santo Antonio
Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para o próximo, vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá as mercês que pedimos.