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Maranata promove leitura bíblica e usa Libras em ações que unem fé e inclusão

A igreja realiza trabalho de acolhimento e acessibilidade, além de produzir conteúdo traduzido em Libras em seus vídeos e transmissões

Garantir acessibilidade a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida vai muito além da adequação de estruturas físicas e arquitetônicas para que se tornem amigáveis a quem necessita se locomover. Na Igreja Cristã Maranata (ICM), o termo também se refere ao acesso pleno à Palavra de Deus. 

A igreja entende acessibilidade como a oferta de recursos materiais e humanos para que todos possam ter uma participação ativa e pleno envolvimento na vida espiritual.

Foto: Divulgação

Este trabalho é realizado na igreja desde 1997, inicialmente apenas com os surdos. Com o passar do tempo, pessoas com os mais diversos tipos de deficiência, sejam elas de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, passaram a ser atendidas de forma personalizada.

Os membros do grupo de trabalho de acessibilidade da Maranata atuam para flexibilizar e viabilizar o ensino da Palavra de Deus, retirando do caminho todas as barreiras, sejam elas de qualquer natureza. 

Eles traduzem, por exemplo, os cultos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e adaptam materiais para que fiquem mais acessíveis a todas as pessoas que precisarem.

Isso inclui também o público formado por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down (T21) e Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 

Há, inclusive, um incentivo para que todos tenham esclarecimentos sobre as particularidades de cada uma dessas deficiências e possam ajudar na adequação dos materiais da Escola Bíblica Dominical (EBD), conforme explica a secretária do trabalho de acessibilidade na ICM, Leonice Rocha.

Neste sentido, segundo ela, são confeccionados alguns recursos acessíveis semanalmente, a fim de flexibilizar o grau de compreensão dessa comunicação, levando em consideração os aspectos cognitivo e de interação social.

Leonice destaca ainda o envolvimento e a colaboração de pastores, diáconos, professores, mulheres e grupo de louvor quanto ao acolhimento às famílias das pessoas com deficiência, para que se sintam totalmente incluídas na Igreja. 

Há uma equipe de professores e pastores que se empenha na adaptação das aulas para públicos sem deficiência, mas que necessitam uma melhor acessibilidade à Palavra, como idosos e crianças.

Foto: Divulgação
“A igreja tem colhido muitos frutos com esse trabalho de acessibilidade. As experiências de cada irmão têm sido maravilhosas, e crianças, adolescentes, jovens e idosos participam de forma que se sentem verdadeiramente incluídos em todas as atividades propostas, principalmente quanto ao entendimento da Palavra de Deus revelada”, afirma Leonice Rocha.

De acordo com ela, assim que uma pessoa com surdez, por exemplo, entra na igreja, um irmão é destacado para auxiliá-la para ter acesso à Palavra de Deus. 

O trabalho de acessibilidade inclui seminários nos Maanains da ICM, onde são oferecidas oficinas elaboradas a partir da observação quanto à necessidade dos irmãos na vida espiritual. 

Leonice explica que há o incentivo à leitura bíblica e ao desenvolvimento cognitivo com atividades variadas, em que todos são inclusos e participam de cada etapa do Seminário Unidos em Família, por exemplo. 

Vídeos e transmissões contam com intérprete em Libras

A acessibilidade para a Maranata inclui vídeos e transmissões realizadas pela igreja. Todos eles contam com um intérprete em Libras.

“O Senhor Deus tem dado uma bênção para cada trabalho realizado. Visitantes com deficiência têm sido assistidos durante a evangelização nas ruas e aceitado o convite para estarem nos cultos. Agilizar e facilitar o acesso ao Reino de Deus e à sua Palavra tem sido o alvo da Igreja Cristã Maranata, que busca incessantemente levar a mensagem de salvação a todos os povos e nações. Para isso, a Igreja tem investido em canais de comunicação, capacitação de seus membros, cursos profissionalizantes e atendimento às pessoas com limitações físicas ou intelectuais. Tudo para expandir e melhorar o acesso ao conhecimento da Palavra de Deus”, afirma Leonice.

Ela cita o exemplo do adolescente Carlos Sebastião Lana da Silva, de 14 anos, que tem surdez congênita, assim como seus pais, e participa ativamente da Escola Bíblica Dominical e da classe dos adolescentes. Ele ia à igreja sozinho, e, em resposta as suas orações, seus pais se converteram a passaram a frequentá-la também e levar sua irmã mais nova.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Carlos tem se apropriado de uma maneira maravilhosa da doutrina. Ele até diz que está aprendendo de fato a Palavra de Deus. Tem entendido conceitos que, para a maioria dos surdos, pode parecer abstrata e, o mais importante, tem partilhado essa bênção. 

E tudo começou para Carlos com o estudo semanal, na Escola Bíblica Dominical da ICM, onde há intérprete de Libras. Hoje, ele tem uma experiência completa, integrado com as outras crianças, que também aprendem Libras com ele.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha, em 2019, 17,2 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 8,4% da população, sendo:

• 7,8 milhões de pessoas com deficiência física (membros inferiores);
• 7 milhões com deficiência visual;
• 5,4 milhões com deficiência física (membros superiores);
• 5,3 milhões com mais de uma deficiência.