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Novas espécies de insetos descobertas no ES vão homenagear Incaper e Venda Nova

As novas espécies foram coletadas em ambiente de Mata Atlântica, nos municípios de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação / Governo do Estado

Seis novas espécies de insetos foram descobertas na região serrana do Estado, por pesquisadores do projeto “Entomofauna do Espírito Santo”, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). 

As espécies vão ganhar nomes que homenageiam o Incaper, pesquisadores e Venda Nova do Imigrante. Elas foram descritas em artigo científico publicado neste mês, na revista internacional “Zootaxa”, editada na Nova Zelândia.

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Até então desconhecidas pela ciência, as espécies de mirídeos (popularmente conhecidos como percevejos) foram coletadas em ambiente de Mata Atlântica, nos municípios de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá.

As novas espécies de mirídeos foram nomeadas Eurychilella incaperanus, Knightocoris carlosleitei, Sinervus vendanovensis, Sinervus venturai, Valdasoides marisae e Valdasus carpinteiroi.

O nome Eurychilella incaperanus homenageia o Incaper, pela assistência logística ao estudo, que permitiu aos pesquisadores participantes do estudo o registro e produzir a publicação, e também por dois dos autores responsáveis pelo estudo serem entomologistas do Instituto.

Sinervus venturai homenageia o pesquisador José Aires Ventura, do Incaper, em reconhecimento às suas contribuições à ciência no Brasil, em especial à pesquisa agrícola do Espírito Santo. Sinervus vendanovensis faz referência ao município de Venda Nova do Imigrante, onde a espécie foi coletada.

O engenheiro agrônomo, doutor em Entomologia, pesquisador voluntário do Incaper e coordenador do projeto, David dos Santos Martins, explica que as novas espécies pertencem a três Subfamílias da Família Miridae: Bryocorinae, Cylapinae e Deraeocorinae.

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"A família Miridae é a maior da Subordem Heteroptera (Hemiptera), com aproximadamente 10.000 espécies distribuídas em 1.383 gêneros ao redor do mundo. No Brasil, são conhecidas cerca de 1.000 espécies. “No nosso estudo, identificamos 45 espécies dessa família, sendo 25 novos registros para o Espírito Santo. Destas, seis são inéditas para a ciência”, destaca Martins.

Os mirídeos desempenham papéis essenciais nos ecossistemas, atuando como predadores de insetos, pragas e vetores de viroses. A descoberta dessas novas espécies pode ajudar a entender melhor as interações ecológicas e os equilíbrios nos habitats onde foram encontradas. 

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No âmbito da agricultura, mirídeos predadores têm potencial como agentes de controle biológico de pragas, enquanto os fitófagos podem causar danos a culturas. Algumas espécies podem até transmitir vírus a outras plantas. 

"Mirídeos que se alimentam de pulgões, por exemplo, ajudam a proteger plantas cultivadas. Estudos aprofundados sobre essas novas espécies podem levar ao desenvolvimento de estratégias agrícolas mais eficazes e sustentáveis”, avalia Martins.

Além disso, vários mirídeos são sensíveis a mudanças ambientais, servindo como bioindicadores. A presença ou ausência dessas novas espécies pode refletir a qualidade do ambiente e as mudanças nos ecossistemas locais.

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