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Professores da Ufes mantêm greve mesmo com fim da paralisação nacional

São mais de dois meses sem aulas e a Associação dos Docentes da Ufes alega que "cada universidade tem sua particularidade, sua data, sua deliberação própria"

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Após pouco mais de dois meses de greve, os professores de universidades e institutos federais de educação chegaram em um acordo com o governo federal e decidiram encerrar a paralisação.

No entanto, os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) vão continuar com as aulas suspensas. A greve teve início no dia 15 de abril.

Apesar disso, os docentes ainda decidirão qual será o rumo da greve em uma nova assembleia que deve acontecer durante a próxima semana. 

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Ao Folha Vitória, a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) informou que foi realizada assembleia na última sexta-feira (21), quando foi decidida a continuidade da greve.

"Ainda que o Comando Nacional de Greve (CNG) tenha feito o levantamento das deliberações do conjunto das assembleias, cada universidade tem sua particularidade, sua data, sua deliberação própria", informou a Adufes.

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), a opção por manter a greve aconteceu na última sexta-feira (21), e foi tomada antes da decisão do CNG.

"Essa decisão foi justamente uma resposta às perguntas que o CNG fez à base sobre se o Andes Sindicato Nacional deveria construir coletivamente o fim da greve ou não, e se deveria assinar o acordo com o governo federal. As respostas a essas perguntas, enviadas de todo o país após uma rodada de assembleias na semana passada, embasaram justamente a decisão do CNG sobre o fim do movimento", informou a Adufes, por nota. 

Ainda segundo a associação, não há posicionamento da universidade em relação ao fim da greve e todas as deliberações serão tomadas durante a nova assembleia.

"Contudo, outras 35 instituições decidiram indicar ao CNG a saída da greve e a assinatura do acordo, configurando um entendimento majoritário. Agora, com essa decisão nacional, tendo vencido nacionalmente a posição pela saída da greve, uma nova rodada de assembleias será realizada nas diversas universidades para que decidam como proceder, uma vez que elas têm suas particularidades, suas datas, e deliberações próprias. Não há decisão na Adufes. Ela só será tomada na próxima assembleia, que será convocada em breve".

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve se inicia nesta segunda-feira (24), devendo se consolidar plenamente até 3 de julho.

Até esta data, acontecerão rodadas e assembleias e o Comando Local de Greve (CLG) da Adufes vai se reunir nesta terça-feira (25) para a convocação de uma nova assembleia.

A proposta apresentada pelo governo - acatada pelo Comando Nacional de Greve - foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. 

Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Acompanhando movimento nacional, professores do Ifes encerram greve

Na última semana, os servidores e professores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) deliberaram o fim do movimento paredista após diálogos com o governo federal.

A informação foi confirmada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica (Sinasefe-Ifes).

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Uma nova assembleia será realizada no dia 25 de junho, com mais informações sobre o encerramento da greve.

Segundo o sindicato, foram aceitas as propostas de reajuste salarial para técnicos-administrativos de educação (TAE) e professores. 

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