Professores encerram greve e atividades na Ufes retornam no dia 8 de julho
Segundo a Adufes, a decisão foi tomada após pedidos feitos por estudantes que compareceram à assembleia
Os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) decidiram encerrar a greve na instituição na tarde desta sexta-feira (28). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada pela Associação dos Docentes da Ufes (Adufes).
De acordo com a Adufes, o fim do movimento foi marcado para a próxima sexta-feira, 5 de julho, com retorno das atividades na segunda-feira, 8. Apesar disso, o retorno às aulas depende da própria Ufes.
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Ainda segundo a associação, a decisão foi tomada após pedidos feitos por estudantes que compareceram à assembleia. Os alunos teriam relatado que que estão longe de seus campi de origem e que moram em outras cidades e precisaram voltar para seus municípios de origem. Veja a nota na íntegra.
"Professores da Ufes decidiram na tarde desta sexta-feira, 28 de junho, encerrar a greve na instituição. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na Associação dos Docentes da Ufes (Adufes).
Estudantes presentes na assembleia apontaram que há discentes que estão longe de seus campi porque são oriundos de outras cidades e voltaram para seus municípios e estados de origem no período de greve.
Por conta disso, os professores se sensibilizaram e decidiram marcar o fim do movimento para 5 de julho, com retorno subsequente, garantindo que haja tempo para que esses estudantes se organizem."
Já na assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na UFES (Sintufes), os servidores técnicos administrativos também decidiram em sua maioria encerrar a greve, que já havia ultrapassado três meses.
"A avaliação é de que o movimento foi, sim, vitorioso em especial por conta das pessoas que fizeram a luta nas tendas e em Brasília. Também em razão de a greve ter arrancado conquistas importantes, algumas represadas desde os anos 1990", informou o Sintufes por nota.
A assembleia aconteceu na manhã desta sexta, 28, na Biblioteca Central, em Goiabeiras, com transmissão simultânea para os campi de Alegre e São Mateus via Meet.
A greve dos professores da Ufes iniciou no dia 15 de março com a paralisação das atividades acadêmicas. Portões ficaram fechados em vários momentos desse período. O movimento se uniu à mobilização de diversos professores de universidades e institutos federais de todo o país.
Dentre as reivindicações da classe estavam a restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino, ampliação dos programas de assistência estudantil, revogação do novo ensino médio e melhoria das condições de trabalho.
Veja as revindicações:
- Restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino;
- Ampliação dos programas de assistência estudantil;
- Revogação do novo ensino médio;
- Melhoria das condições de trabalho;
- Fim de assédios moral e sexual nas IFE;
- Recomposição da força de trabalho por meio de concurso público;
- Autonomia e democracia universitária;
- Criação de condições efetivas que garantam a unificação entre ensino, pesquisa e extensão;
- Revogação da Portaria MEC 983/2020;
- Arquivamento da PEC 32/2020 e qualquer outra contrarreforma administrativa que siga suas diretrizes;
- Reestruturação das carreiras dos e das docentes e das técnicas e técnicos - administrativos;
- Recomposição salarial e pela data base;
- Pelo fim da contribuição previdenciária de aposentados/as e pensionistas.
A Ufes foi procurada para comentar o retorno às aulas, que informou que segundo informações da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), assim que houver o posicionamento oficial das entidades representativas dos servidores em greve se dará início à reformulação do calendário acadêmico.
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