Há quanto tempo você não vê um telefone fixo? No passado, ter um telefone em casa era mais que uma necessidade, um item de luxo para muitas famílias brasileiras. Afinal, o aparelho era caro.
Se os telefones sem fio já são uma raridade, imagine aqueles da virada do século, mais ainda: os aparelhos que eram fabricados quando pouquíssimas pessoas em todo o mundo tinham acesso ao aparelho.
Estes aparelhos já são itens de museu, e foi isso mesmo que Eugênio Martini, um colecionador de telefones, resolveu fazer: expor as relíquias para visitantes e criar o “Museu do Telefone”.
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Ele conta que além de conectar uma pessoa a outra, os telefones também já tiveram a função de evitar a transmissão da tuberculose. Mudanças no design destas relíquias já auxiliavam com a não propagação do vírus causador da doença.
“Nós tivemos ao longo da história, desde a antiguidade, o problema da tuberculose. Em 1930, arredondando a data, a Eriksson lançou um aparelho para resolver o problema de transmitir o vírus pela saliva, porque quando pegava o telefone para conversar, a saliva transmitia a doença para a pessoa que estivesse falando. Então a empresa inventou este aparelho chamado laringofone. Você falava pela garganta com ele e não transmitia o vírus da tuberculose”, contou.
E tudo bem, você pode não ter visto nenhum telefone a lá “Graham Bell” na sua vida. Mas um celular tijolão, este com certeza fez parte da sua juventude, ou dos seus pais.
O que hoje é piada, era antes um objeto de desejo para muitas pessoas. E a história do celular começou ainda no século 20, com a intenção de facilitar chamadas de longa e média distâncias.
“Nós tínhamos várias estações de rádio em uma cidade, mas uma não se comunicava com a outra. O que o Martin Cooper da Motorola bolou? Criar duas estações e cobrar uma taxa para se comunicar uma com a outra. Ele inventou o celular”, explica Martini.
Mas não são apenas os telefones que fazem sucesso com colecionadores. Outro item bastante popular são os relógios. Mas estes, não ficam no pulso, e sim nas paredes de casa.
Relógios antigos são a paixão de Genesílio Novelli, que conta hoje com 21 deles em sua coleção. Espalhados pela casa, há espaço até para o “cuco”, velho conhecido dos amantes de desenhos animados.
“Cada um tem um hobby, o meu é relógio. Hoje são 21, mas eu tinha 35. São todos relógios antigos”, conta.
O amor foi passado para o neto, Guilherme de Vargas Novelli, de 8 anos, que apesar da pouca idade, já se encanta com os xodós da coleção do avô.
“É bem bonita a coleção, um de cada cor. Aqui não dá para perder a hora, porque os relógios estão por toda a casa”, brinca.
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*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record