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Com aulas ainda sem data para retorno no ES, secretário sugere foco em conteúdo à distância

Segundo Nésio Fernandes, a volta das atividades presenciais no estado, que estão suspensas desde março, pode demorar mais do que o esperado

Foto: Divulgação/MCTIC

As aulas presenciais ainda não têm data para serem retomadas no Espírito Santo. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). As atividades presenciais das escolas e instituições de ensino superior estão suspensas no estado desde o dia 17 de março, como medida para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.

O decreto estadual em vigor estabelece a suspensão das aulas até o dia 31 deste mês. No entanto, segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin, não há uma definição para o retorno das aulas em agosto.

“Nós estamos trabalhando junto com a Secretaria Estadual de Educação em protocolos que nos deem segurança quando do retorno das aulas. Nesses protocolos, estão previstas atividades de distanciamento entre os alunos, das estruturas internas das escolas, materiais a serem adquiridos, funcionamento da biblioteca, da cantina, de todos os espaços de circulação em comum dos estudantes. O que nós queremos registrar é que o retorno às aulas será decidido quando nós tivermos segurança absoluta, por parte do sistema de saúde, que é a área onde há essa definição, de que não colocaremos em risco a vida de nenhum dos nossos alunos ou professores”, destacou Reblin, durante uma entrevista coletiva online, realizada na tarde desta segunda-feira (20).

O secretário Nésio Fernandes, que também participou da coletiva, recomendou às instituições de ensino que concentrem suas forças na elaboração de atividades pedagógicas à distância, uma vez que o retorno das aulas presenciais pode demorar mais do que o esperado no Espírito Santo.

“Por enquanto, há a recomendação para que todos os atores do segmento do ensino reforcem as suas capacidades de incorporar tecnologias de ensino à distância, de aperfeiçoar seus métodos pedagógicos, porque é possível que a situação tenha que se prolongar por um pouco mais de tempo”, frisou.

O secretário destacou também que um retorno precipitado das atividades escolares presenciais pode acarretar em uma rápida disseminação da covid-19, principalmente nos municípios menores e que ainda possuem uma baixa prevalência da doença na população.

“Esses municípios pequenos, com a retomada da escola, podem ter nessa atividade um verdadeiro problema de saúde pública se o retorno das aulas não for acompanhado de um momento seguro para essas atividades”, destacou Nésio Fernandes.

“Não há dúvida alguma de que a proibição das realização de eventos, a redução da ocupação do transporte coletivo, o cancelamento das aulas e dos eventos esportivos e culturais tiveram um papel determinante na ruptura da cadeia de transmissão e na velocidade de transmissão da covid-19”, acrescentou.