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Tráfego de embarcações é proibido em local onde aconteceu acidente com lancha em Vitória

A batida aconteceu nas proximidades das instalações do Porto de Vitória, na altura da Ilha do Príncipe. A lancha colidiu em uma estrutura de aço

Foto: Reprodução redes sociais

O local onde aconteceu o acidente com uma lancha, no último sábado (25), na Baía de Vitória, e que resultou na morte de uma pessoa, não é liberado para o tráfego e fundeio de embarcações. A informação foi divulgada pela Marinha do Brasil, por meio de uma nota, na tarde desta segunda-feira (27). 

O acidente aconteceu nas proximidades das instalações do Porto de Vitória, na altura da Ilha do Príncipe, na capital. A lancha colidiu em uma estrutura de aço. A lancha era conduzida pelo empresário José Silvino Pinafo, dono da embarcação. Ele ficou ferido e precisou ser internado. Já a noiva dele, a estudante Bruna França Zocca, de 25 anos, morreu no local.

A Marinha destacou ainda que, de modo geral, é necessário que a velocidade das embarcações seja compatível com as áreas de navegação, a fim de possibilitar tempo hábil para reações com segurança. Além disso, ela precisa ser reduzida em áreas restritas, segundo a corporação.

Ainda de acordo com a Marinha, a lancha envolvida no acidente está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e possui capacidade para 13 pessoas. No momento da batida, havia sete ocupantes na embarcação.

A Marinha também informou que as causas e responsabilidades do acidente estão sendo apuradas por meio de um inquérito administrativo específico. O prazo de conclusão desse inquérito é de até 90 dias, podendo ser prorrogado. Fazem parte das investigações, entre outros procedimentos, a realização de perícias na embarcação e oitivas dos envolvidos.

Confira a nota na íntegra:

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1° Distrito Naval, informa que a embarcação de Esporte e Recreio “DIAMANTE “, objeto de um acidente ocorrido no último sábado (25/07), está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e possui capacidade para treze pessoas.

Ressalta-se que, nas proximidades das instalações do Porto, onde ocorreu o acidente, não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações. De modo geral, no que tange à velocidade das embarcações, é necessário que seja compatível com as áreas de navegação, a fim de possibilitar tempo hábil para reações com segurança e que seja reduzida ao navegar em áreas restritas.

As causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, estão sendo apuradas por meio de Inquérito Administrativo específico, cujo prazo de conclusão é de até 90 dias, podendo ser prorrogado e do qual fazem parte, entre outros procedimentos, a realização de perícias na embarcação e oitivas dos envolvidos.

A CPES acrescenta que não é permitida a ingestão alcoólica por parte do condutor da embarcação e, como penalidade, este pode ter seu certificado de habilitação suspenso ou cancelado, com a subsequente condução à autoridade policial, além de outras medidas administrativas, como a apreensão da embarcação.

Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da comunidade por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526. Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.

Alta hospitalar

Segundo testemunhas, o dono da embarcação teve o pulmão perfurado e sete costelas quebradas. Por causa dos ferimentos, José Silvino Pinafo precisou ser internado em um hospital da capital. O empresário recebeu alta no início da tarde desta segunda-feira (27). De acordo com informações de parentes, ele está bem e se recupera em casa.

José Silvino, que tem experiência com pilotagem marítima, havia acabado de comprar a lancha. A aquisição foi feita há um mês. Segundo a Marinha, o empresário é habilitado.

Socorro

Uma testemunha contou que no momento em que o empresário era socorrido, mesmo muito ferido, ele pedia para que resgatassem a noiva e que ela fosse prioridade, sem saber o que já havia acontecido.

Bruna, segundo testemunhas, estava deitada na parte da frente da lancha, o que mostra também os últimos vídeos publicados por ela nas redes sociais minutos antes do acidente. A jovem era de Baixo Guandu, no noroeste do Estado, e estava em Vitória para estudar.