Fábricas de cosméticos e produtos de limpeza não podem fazer testes em animais no ES
Estado adere a um grupo de outros 8 onde a utilização de cobaias já é proibida
Seguindo o exemplo de outros estados, o Espírito Santo também aderiu ao movimento que proíbe o uso de animais como cobaias para testar produtos em indústrias que utilizam produtos químicos na fabricação.
A lei publicada nesta terça-feira (13) no Diário Oficial do Estado proíbe a utilização de animais para testes em produtos fabricados pelas indústrias de cosméticos, higiene pessoal, limpeza e perfumaria. Com isso, o Espírito Santo adere a um grupo de 8 estados onde a utilização de cobaias já é proibida.
A lei já está em vigor e prevê multa de R$ 7.2 mil para o profissional e de R$ 180 mil para a empresa. Se o descumprimento continuar, os valores são em dobro. Uma indústria de cosméticos de Vila Velha não vai precisar se adequar à nova legislação, já que desde quando foi criada, há 26 anos, não utiliza animais em testes.
O bioquímico Caio Bauer afirmou que antigamente o objetivo de testar primeiro nos animais era preservar os humanos de alguma reação adversa, mas que isso já não é mais necessário graças ao avanço da tecnologia.
"O teste no animal seria para identificar algum traço de alergia, mas que provavelmente no ser humano também seria identificado. Só que já existem algumas substâncias que é sabido que causa alergia, então de fato, o importante é não utilizar".
O técnico de uma fábrica de cosméticos de Guarapari, que também não trabalha com cobaias, acredita que a própria exigência do mercado levou os estados brasileiros a definirem regras contra a crueldade animal. Ele também diz que hoje testes in vitro e até em voluntários humanos são mais eficazes.
"Já temos hoje células que nós conseguimos replicar. São os conhecidos testes in vitro, e quando vamos executar os testes em vivo, executados em cobaias, mas humanas e não em animais", disse Osmar Patrício.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/RecordTV