Uma fila enorme se formou para visitação dos navios da Marinha do Brasil neste sábado (02), no Porto de Vitória. Além disso, apesar de o trânsito continuar fluindo normalmente nas Avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel, principais do Centro de Vitória, os motoristas estão com dificuldade de achar vagas para estacionar na região, o que não costuma acontecer na região durante os fins de semana. Veja:
Para muitos que enfrentam a enorme fila, é a primeira vez que encontram embarcações deste porte. A inventariante Lesley Colares, de 25 anos, o Kauã Daniel, de 9, e a Karen Colares Rocha, de 7 anos, vieram do interior de Minas Gerais para prestigiar a oportunidade de ver dois navios de perto. Segundo Lesley, a expectativa foi muito grande.
“Viemos com a família inteira: minha mãe, meu padrasto, minha irmã, meu cunhado, filhos, sobrinhos, tia”, contou. Para Karen, vale a pena a espera. “Eu quero conhecer um montão de barco, ver aquele mar lindo, eu quero entrar lá”, disse.
Após passar pela visita, Lesley contou a experiência. “Foi um grande diferencial para as crianças, por conta de eles nunca terem conhecido algo assim. Nós somos do interior, moramos aqui no Estado por 10 anos, para nós é especial porque lá não tem nem mar. Eu achei muito interessante essa oportunidade para eles conhecerem isso, como é um navio por dentro. Eu mesma só conheci agora”, disse.
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A família entrou na fila por volta das 15h20, mas às 16h, eles ainda estavam esperando. “Sei que já tem um tempo bom, mas a gente vai insistir até conseguir, vai ser legal até para a minha mãe, que tem 52 anos e não conhece. Então, para nós está sendo um marco na família”, contou Lesley.
A experiência de quem entrou no navio
Lucas Miguel, de 13 anos, visitou um navio pela primeira vez e relatou a sua experiência. O que mais chamou a atenção do adolescente foi o helicóptero que tem no navio. “Achei legais muitas coisas. Como eles vieram para cá, me falaram de relatos que eles viram no mar aberto, tudo”, disse. Ele também aproveitou a oportunidade para se ver no futuro.
“Eu vi míssil, eu vi as fardas que eles usam em um montão de ocasião, de mergulho, incêndio, lá dentro eu também vi carros, carro forte, tanque, um montão de coisa, muita coisa. A Marinha é parte da minha família, onde eu tenho todos os meus parentes. Meus primos são marinheiros aposentados e isso acende uma coisa em mim para eu me formar nessa profissão”, contou.
Lucas esperou cerca de meia hora na fila para poder entrar. “O bom que da fila é que entra um monte de pessoas de uma vez só, aí vai andando rápido, mas demorei muito, mais ou menos uma hora”.
Veja fotos da fila em frente ao Porto de Vitória:
Visitação pública
A visitação pública é realizada com o uso obrigatório de máscaras em toda a área operacional do Porto de Vitória e distanciamento mínimo de 1 metro entre os visitantes, em função da pandemia do coronavírus.
Quem tem vontade de conhecer de perto alguns navios terá oportunidade também neste domingo (03). As embarcações ficam abertas para o público das 14h às 17hs.
Os navios chegaram ao Porto de Vitória nesta sexta-feira (1°) e permanecem até segunda (04). Navios da Marinha do Brasil estão no local para a realização da Operação ADEREX-ANF/22, com a participação de cerca de 1.700 militares atuando na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro e Vitória.
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Como funciona a operação?
A operação é uma grande oportunidade de capacitação, em que a Força de Fuzileiros da Esquadra conduz uma incursão anfíbia, preparando os efetivos para a projeção do mar para terra, a fim de contribuir para elevar o grau de adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra e do Corpo de Fuzileiros Navais, avaliando e controlando exercícios e táticas.
O Grupo Tarefa é composto pelos seguintes meios operativos: NDM Navio-Doca Multipropósito Bahia – G40 (foto), NDCC Almirante Saboia – navio de desembarque de carros de combate – G25, Fragata Constituição – F42, Fragata Liberal – F43, Navio-Patrulha Oceânico Amazonas – NpaOC, Navio de Apoio Oceanográfico, subordinados ao Comando do 1º Distrito Naval e ao Comando da Força de Superfície (ComForSup), além de aeronaves subordinadas ao Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav).
Além disso, há participação da Força Aérea Brasileira (FAB) para o apoio de Patrulha Marítima e Destacamentos de Mergulhadores de Combate subordinados ao Comando da Força de Submarinos (ComForS).