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Greve dos motoristas de caminhão-tanque é suspensa por 24 horas no ES

Empresas responsáveis pelos serviços se reunirão para apresentar proposta de reajuste à categoria

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A greve dos motoristas de caminhão-tanque, que teve início nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (31), foi suspensa pelo período de 24 horas.

As empresas responsáveis pelos serviços vão se reunir e apresentar nova proposta de reajuste à categoria. 

Após a negociação, a oferta será repassada ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES) e transmitida aos trabalhadores. 

Caso a proposta seja recusada ou não seja apresentada até as 14h desta terça-feira (1º de agosto), a greve será retomada a partir de quarta-feira (2).

O sindicato lembra ainda que o estado de greve é mantido pela categoria, mesmo com a suspensão da paralisação. 

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"Se a proposta for boa, passaremos aos trabalhadores. Se não for, a greve será retomada e não tem previsão para acabar", informou o diretor do Sindirodoviários, Miguel Leite.

Ainda de acordo com o diretor, a greve acontece por conta da perda salarial da categoria e de não cumprimento de normas estabelecidas em convenção com as empresas. 

"Estamos fazendo a greve por conta da perda salarial, e tem a questão da convenção também, porque muitas empresas não estão cumprindo com o que foi definido", afirmou ele.

O presidente do Sindirodoviários Marcos Alexandre da Silva, esteve em frente a uma distribuidora na Serra, para conversar com os manifestantes e relatou que a pausa foi justamente para a apresentação de uma proposta plausível aos trabalhadores. 

"Estamos pedindo 15% desde as perdas salariais desde a pandemia, acho que agora é hora dos funcionários reconhecerem um reajuste plausível a estes trabalhadores", afirmou. 

O edital de convocação para a greve foi publicado na última sexta-feira (26). Os motoristas são contratados por empresas que fornecem o transporte de cargas líquidas, inflamáveis, gasosas, corrosivas, químicas e petroquímicas e protestam por reajuste de salários e benefícios, além de melhores condições de trabalho.

A decisão pela adesão à greve foi tomada durante deliberação em Assembleia Geral Extraordinária, ocorrida no último dia 23.

De acordo com o coordenador jurídico do sindicato, Elton Borges Furtado, negociações entre os funcionários e as empresas não avançaram.

A paralisação acontece nas cidades de Afonso Cláudio, Aracruz, Baixo Guandu, Brejetuba, Cariacica, Colatina, Fundão, Ibiraçu, Itaguaçu, Itarana, João Neiva, Laranja da Terra, Santa Leopoldina, Santa Maria do Jetibá, Santa Teresa, São Roque do Canaã, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

Assista a vídeo da paralisação:

O que diz o Sindipostos-ES

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos-ES) disse que acompanha o desenrolar da greve. Destacou que os postos de combustíveis são vítimas, assim como a sociedade, e com pouco poder de decisão. 

"O setor está acompanhando o desenrolar da greve anunciada. Os postos, assim como a sociedade, são vítimas nesse processo e pouco tem a fazer. Esperamos que os 30% exigidos por Lei sejam cumpridos e que os manifestantes não bloqueiem a saída das bases para o abastecimento mínimo aos postos de combustíveis e à sociedade. Os postos em geral renovam seus estoques a cada dois dias. Sendo assim, se a greve durar mais do que isso pode impactar a normalidade do fornecimento de produto à sociedade."

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