Morre a jornalista capixaba Maura Miranda
Em sua trajetória, ela passou por emissoras como TV Vitória, TV Gazeta e pela comunicação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales)
O jornalismo capixaba está de luto. Morreu nesta segunda-feira (03) a jornalista Maura Helena Miranda. A profissional, nascida em Cachoeiro de Itapemirim, trabalhou em empresas como TV Vitória, TV Gazeta e pela comunicação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
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Apontada por diversos colegas de profissão como a primeira apresentadora negra do jornalismo capixaba, Maura é sinônimo de integridade e exemplo para a imprensa.
Amigo de longa data de Maura, o jornalista Marcelo Rossoni não mediu elogios à profissional ao relembrar sua relação com a apresentadora. Nem mesmo a distância fez com que a amizade fosse abalada.
"Eu trabalhei fora por muito tempo e quando eu vinha a Vitória, sempre encontrava Maura, a gente conversava muito. Ela pedia sugestão sobre como ela estava apresentando, tinha uma postura muito boa de vídeo. Uma pessoa muito doce, um exemplo de profissional", afirmou.
Na TV Vitória, Maura foi apresentadora do Jornal do Estado, depois batizado de Jornal da TV Vitória.
O jornalista, escritor e compositor Luiz Trevisan reforça o pioneirismo de Maura para a comunicação do Estado.
"Triste com esta notícia. Maura foi pioneira marcante na apresentação do telejornalismo capixaba. Locução impecável, grande parceira em vários momentos. Meus sentimentos aos familiares."
Para o jornalista José Caldas, a morte de Maura configura uma grande perda para a imprensa capixaba.
"Maura foi o rosto mais conhecido da televisão capixaba. Uma pessoa vanguardista, trabalhou na TV Gazeta na década de 70, era apresentadora principal do telejornal, passou pela TV Educativa, uma jornalista muito conceituada. Uma grande perda da imprensa capixaba, realmente um dia triste para todos nós", lamentou o profissional.
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À reportagem do Folha Vitória, o jornalista Álvaro José Silva definiu Maura Miranda como uma mulher desbravadora. Apesar de não terem sido próximos, elogios não faltam à profissional que, segundo ele, "passou como um meteoro" pela comunicação capixaba.
"Maura realmente colecionou altos e baixos, mas sempre ia à luta. Devia saber que o fato de ser negra exigia dela muito mais que dos demais. Seus últimos trabalhos profissionais aconteceram na TV Assembleia, da Assembleia Legislativa. Passou como um meteoro, mas deixou apenas amigos e amores pelo caminho. Talvez por isso a notícia de sua morte num hospital público tenha causado espanto e tristeza profundos. Dos meios de comunicação não mereceu a reverência que lhe era devida e talvez porque não saibamos mesmo identificar o que nos é caro."