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PM do ES expulso de reality foi demitido? Entenda o caso

A TV Vitória/Record teve acesso a um documento interno da Polícia Militar que afirma que ele foi desligado da corporação, mas a PM afirma que isso não procede

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Record/Reprodução

O futuro do soldado da Polícia Militar do Espírito Santo, Fellipe Villa, ex-participante do reality show "A Grande Conquista", da Record, acusado de deserção, ainda é incerto. A TV Vitória/Record teve acesso a um documento interno da Polícia Militar que afirma que ele foi desligado da corporação. No entanto, a PM afirma que isso não procede.

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Fellipe foi expulso do reality e preso na última semana, em São Paulo. Na quinta-feira (18), ele foi transferido para o Comando Geral da Corporação, em Vitória.

O soldado foi preso por deserção, que é quando um militar abandona a função sem autorização. Ele não tinha permissão da corporação para se afastar do cargo e participar do programa. 

Fellipe apresentou um laudo psiquiátrico que o dispensou da função por 90 dias, mas não compareceu à avaliação do quadro, que é realizada a cada 30 dias.

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Apesar do documento que a reportagem teve acesso afirmar que Fellipe foi demitido, em nota enviada nesta segunda-feira (22), a Polícia Militar disse que o processo tramita conforme os ritos da Justiça Militar Estadual e que, até o momento, o soldado continua integrando a corporação.

"A informação da demissão não procede. A publicação atende à Legislação Processual Penal Militar. O militar na condição de desertor deve ser retirado das fileiras da PMES. Ao ser recapturado, ele tem sua reinclusão às fileiras para então responder pelo crime. Dessa forma, o policial militar fora reincluído e encontra-se no Presídio Militar, à disposição da Justiça Militar Estadual, respondendo ao processo pelo crime de deserção", informa a nota

Soldado entrou no programa durante as férias, tirou licença e não voltou

Fellipe estava de férias quando entrou no programa "A Grande Conquista" e deveria ter retornado ao serviço em 15 de maio.

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No prazo final das férias, o militar apresentou um laudo psiquiátrico que o dispensou por 90 dias.

Após os 30 dias de afastamento, Fellipe foi convocado para avaliar a condição mental, como determina a legislação, mas não compareceu. 

O que diz a defesa do militar

Procurada pela reportagem do Folha Vitória, a defesa do soldado explicou que Fellipe foi capturado e reincorporado à PM do Espírito Santo. 

Uma vez reincorporado, o militar continuará preso preventivamente enquanto responde ao processo criminal por deserção. Fellipe passará por perícia médica para constatar aptidão ou inaptidão para o trabalho. 

De acordo com a defesa, em ambas as situações, o militar voltará a ter acesso a seu salário, assim como qualquer outro profissional da corporação, afastado temporariamente por motivo de doença. 

Caso tenha sua liberdade concedida enquanto responde ao processo, Fellipe ficará à disposição do comandante, que decidirá se ele voltará ou não ao serviço policial. 

Enquanto isso, o PM responderá ao processo criminal por deserção, podendo ser submetido a uma série de punições, sendo a demissão a mais grave delas.

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