Como estão os quase 200 cachorros resgatados de canil clandestino em Viana
Dentre os animais resgatados, há fêmeas prenhas, prestes a ter filhotes. Além disso, as cadelas demonstram diversos sinais de má nutrição, fome e doenças
Os 192 cães resgatados em um canil clandestino na zona rural de Viana na última quinta-feira (4) ainda precisam de muitos cuidados para se recuperarem das situações de maus-tratos extremos a que foram submetidos.
Dentre os animais resgatados há fêmeas prenhas, prestes a ter filhotes. Além disso, as cadelas demonstram diversos sinais de má nutrição, fome e doenças, além de anemia e problemas de locomoção.
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De acordo com Dilcea Rocha, diretora da Organização Não-Governamental (ONG) Anjos de 4 Patas, as fêmeas eram submetidas a uma rotina de maus-tratos, sem receber cuidados ou sequer água e comida suficientes. Eram utilizadas pura e unicamente para procriar.
"Você compra esse animal, mas não tem acesso de onde ela veio, que é uma cadela esquelética, totalmente malnutrida, maltratada. Aqui nós tiramos o pelo, porque não tinha como. Estava totalmente embolado. Elas não tinham direito a banho, a água ou comida, somente a procriar, pois é onde está o lucro. Pois é R$ 2 ml, R$ 2,5 mil cada filhote", disse.
Os animais foram resgatados por ONGs, além da Polícia Militar Ambiental. No momento do resgate, um dos sócios do canil foi preso em flagrante por maus-tratos a animais domésticos.
Outro sócio ficou responsável por regularizar o canil e arcar com os custos dos atendimentos veterinários a cada um dos animais.
Segundo a diretora da Sociedade Protetora dos Animais do Espírito Santo, Ana Sutil, os cães estavam em extremo sofrimento e bastante debilitados.
"Estavam todos sujos, com pelo embolado, problemas oculares, animais em extremo sofrimento", relatou.
No momento, 12 animais passam por exames. O restante dos cães está em lares temporários até que possam ser enviados para a adoção. As cadelas matrizes são as mais prejudicadas.
"Como era matriz, ainda está bem magrinha, estava em péssimas condições. Demora um pouco, cada animal precisa passar por exames para ver se podem receber vacina, sem precisam de algum tratamento antes de cada vacina", afirmou a veterinária Larissa Klein Taylor.
Apesar de todo o trauma, a história dos cães já começou a mudar. Assim que passar pelos exames, uma cadelinha, que era utilizada como matriz, já estará de casa nova. Ela será pet da bancária Tânia Ferrari, que decidiu adotá-la. Ela já tem até nome.
"Decidi que era uma que é adulta , matriz, que merece um lar, carinho e ser muito bem tratada. O nome dela vai ser Belinha", contou.
Interessados em adotar um dos animais ou disponibilizar um lar temporário, podem entrar em contato com a Sociedade Protetora por meio do WhatsApp: (27) 99991 - 5871.
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*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record