CIÊNCIA

Pesquisadores da Ufes criam prótese robótica em impressora 3D que imita movimentos da mão

Alternativa é mais acessível e permite a realização de atividades simples do cotidiano, com movimentos similares ao do corpo humano

Carol Poleze , Gabriel Cavalini

Redação Folha Vitória
Foto: Labtel/ufes
Prótese segurando um objeto

Uma alternativa mais acessível e confortável para que pessoas amputadas possam realizar tarefas cotidianas com mais autonomia. Essa é a ideia de uma prótese de mão robótica desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

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Feita na impressora 3D, permitindo a produção com um custo médio de R$ 2 mil, o Sensor Hand foi desenvolvido a partir de um motor que facilita o movimento de abrir e fechar a mão.

O protótipo foi testado funcionalmente por uma pessoa amputada e os resultados mostram que a prótese pode ser utilizada na realização de tarefas do cotidiano.

Inclusive, foi feita uma parceria com o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (CREFES), onde serão realizados testes de funcionalidade com mais pessoas com o intuito de melhorar o dispositivo para a necessidade dos usuários.

A prótese faz parte do trabalho de doutorado da estudante de Engenharia Elétrica, Laura de Arco Barraza, coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Camilo Rodríguez, no Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Ufes. 

O projeto conta com apoio do Governo do Estado, por meio Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

Foto: Gabriel Cavalini | TV Vitória
Camilo Rodríguez e Laura Barraza 

De acordo com a pesquisadora, o dispositivo possui revestimento com silicone para imitar a textura da mão humana e é flexível.

"A gente desenvolveu um dispositivo de baixo custo, feito com impressão 3D para que as pessoas possam ter acesso, porque, no mercado, são muito caras. Nossa ideia é que pessoas que sofreram amputações consigam realizar as tarefas da vida diária como a gente. A prótese foi desenvolvida com uma tecnologia bem flexível e tem revestimento com silicone para ficar parecido com a mão humana", contou.

O professor Camilo explicou que os próximos passos, até terem o produto final, pronto para ser comercializado e utilizado, devem demorar cerca de 3 a 4 anos.

"Atualmente, estamos na fase de ter uma interação com o usuário final, estamos com algumas pessoas amputadas que farão o teste. A versão pronta de um produto como este ainda vai levar e três a quatro anos. É um dispositivo de saúde, que precisa desses cuidados, então, é um processo demorado", explicou.

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