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VÍDEO | Universitário vai de prancha até boia em alto-mar no ES e Marinha faz alerta

Gabriel Rocha Afonso, de 18 anos, ficou conhecido nas redes sociais por postar vídeos indo de stand-up paddle até grandes navios e passar sufoco no meio do mar

Cauã Vieira *Estagiário

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O universitário Gabriel Rocha Afonso, de 18 anos, já conhecido nas redes sociais por se aventurar com uma prancha, passou um sufoco novamente ao decidir ir até uma boia de balizamento em alto-mar, em Vila Velha.

Durante o percurso, como Gabriel mostrou em vídeo postado, ele enfrentou um mar agitado, foi derrubado por ondas diversas vezes e encontrou animais marinhos.

Ele é estudante de Direito e viralizou nas redes sociais após ir de prancha até navios e também "acampar" em alto-mar, inclusive com barraca.

A Capitania dos Portos do Espírito Santo, que já havia feito um alerta sobre os riscos da aproximação com grandes navios, fez novamente uma advertência. Além dos riscos de afogamento, o acesso a equipamentos de sinalização náutica, como boias, não é permitido, segundo a Marinha.  

Veja o vídeo:

Em entrevista ao Folha Vitória, o capixaba, que conta com mais de 190 mil seguidores no Instagram, 100 mil no TikTok e tem vídeos com mais de 14 milhões de visualizações, contou que desde pequeno é apaixonado pelo mar e esse foi o principal motivo para que começasse a produzir conteúdo sobre o assunto.

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"Desde criança eu amo o mar. Eu sempre participava de atividades como essa, faz parte de mim. Um dia decidi gravar e viralizou, com vídeos passando de 14 milhões de visualizações. A partir daí comecei a investir na produção de conteúdo", contou Gabriel.

O universitário também disse que teve a ideia de ir até as boias porque era um dos únicos locais de sua região que não havia explorado ainda. 

"Eu moro de frente para o mar e, quando olho, percebo que não tem nenhum lugar que eu não tenha ido. Um dia eu estava olhando de binóculo e percebi que havia um pontinho laranja na linha do horizonte. Pesquisei para saber o que era e me desafiei para ir lá", disse o estudante

Gabriel ressaltou que não tem o objetivo de incentivar ninguém a repetir o que ele faz. O estudante contou que tem ciência do perigo das atividades que pratica e que toma várias medidas de segurança, mas que não mostra em vídeo. 

"Meu objetivo não é incentivar ninguém a repetir o que eu faço. Eu sei que os conteúdos que eu produzo são arriscados, mas quem assiste aos vídeos não faz ideia das medidas de segurança que eu tomo. Claro que o vídeo tem um tom tenso e de suspense, mas isso faz parte do conteúdo", completou.

Capitania faz alerta sobre equipamentos de sinalização

Em contato com o Folha Vitória, a Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) informou que o equipamento “stand-up paddle” não é considerado uma embarcação e, dessa forma, não é exigido inscrição junto à Capitania nem habilitação para a prática esportiva.

A Capitania reforçou que não é permitido acessar equipamentos de sinalização náutica (como as boias), pois eles se constituem auxílio à navegação, portanto, qualquer dano ao equipamento pode colocar em risco a segurança de quem utiliza o canal.

Informou ainda que reforçará as ações de conscientização aos praticantes desse esporte no Estado.

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Em abril deste ano, quando o Folha Vitória publicou matéria sobre as aventuras em alto-mar do universitário, a Capitania emitiu nota dizendo que, em equipamentos como prancha, o usuário deverá portar material de salvatagem (colete salva-vidas classe V).

Também destacou que a área de navegação desse tipo de equipamento é regulamentada pelos órgãos públicos estaduais e municipais, e que, sobre o fato do jovem ir para alto-mar, "a área de fundeio regulamentada nas Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos (NPCP) estão destinadas exclusivamente para os navios de grande porte, conforme sua classificação".

Sendo assim, "o uso dessas áreas são restritas e se tornam perigosas para esse tipo de atividade, como stand-up paddle, podendo ocasionar um grave acidente e gerando riscos à navegação", finalizou a Capitania.



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*Texto sob supervisão da editora Elisa Rangel

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