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Em um dia, duas baleias jubarte são encontradas mortas no litoral capixaba

Pela manhã uma baleia foi encontrada em Guarapari e, durante a tarde, equipes do Instituto Orca receberam a informação que um filhote havia sido encontrado na Serra

Foto: Reprodução/ Anderson Muniz

Mais uma baleia jubarte foi encontrada encalhada no litoral capixaba neste sábado (01). Desta vez, um filhote de aproximadamente 3,5 metros de comprimento foi encontrado morto em uma região de pedras em Carapebus, na Serra. A notificação ao Instituto Orca ocorreu por volta das 15h, quando a equipe encerrava o atendimento de um outro encalho, em Guarapari

Por conta do horário, o atendimento dos biólogos só deve ocorrer na manhã deste domingo (02). De acordo com o diretor e pesquisador do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, o possivelmente o filhote morreu antes de chegar ao local em que foi encontrado. "Ele está com sinais de morte recente e possivelmente já chegou morto. Amanhã bem cedo, a equipe irá até o local para fazer a necropsia. Vamos tentar virar o animal para verificar se há ferimentos", explica. 

De acordo com o biólogo, encontrar animais encalhados nesta época do ano é comum, devido ao movimento migratório para reprodução. Além dos dois animais encontrados neste sábado, Lupércio acredita que o número deve aumentar até o final da temporada de reprodução. "Sempre nessa época do ano, período de migração, os animais atravessam o mar da região sul para a zona tropical. Estamos só no começo do período. Até outubro ou novembro, outros casos como esse deve se repetir", ressalta. 

O filhote encontrado nesta tarde possivelmente se perdeu da mãe e, com o mar agitado, pode ter sido arrastado para a costa. Já o resgate da baleia encontrada pela manhã, em Guarapari, a prefeitura informou que a mineradora Samarco foi contactada e providenciou um reboque para retirada do animal, mas, segundo Lupércio, a tentativa não teve sucesso. 

O animal deve ser enterrado em praia afastada, conforme protocolo de manejo. Isso porque existe uma série de fatores que dificultam a remoção do animal. "A carcaça perdeu a cauda e as nadadeiras, portanto, ela não tem ponto para que a corda seja amarrada. O material é extremamente escorregadio e não é possível laçar o entorno da carcaça. Cortar também é complicado porque a pele rasga quando traciona a corda", explica. 

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