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Para acusação, assassino planejava matar o ex-governador Gerson Camata

O advogado e testemunha Sebastião Pelaes afirmou em depoimento que Marcos dizia que "iria fazer alguma coisa com Camata", depois que foi exonerado

Nadine Silva Alves , Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), responsável pela denúncia de acusação de Marcos Venício, réu confesso do assassinato do ex-governador Gerson Camata, defende que o crime foi premeditado, já que provas demonstram que ele planejava, com amigos, matar o político. 

O advogado e testemunha Sebastião Pelaes afirmou em depoimento que Marcos dizia que "iria fazer alguma coisa com Camata", depois que foi exonerado da diretoria da Banestes Seguros.

Uma outra testemunha, o delegado da Polícia Federal, Cassius Valentim Baldelli, afirmou em depoimento que o réu tinha o porte ilegal da arma, já que no dia do crime, o revólver utilizado por Marcos estava com certificado de posse vencido desde 2013.

O crime de porte ilegal da arma pode ser somado a acusação do assassinato. 

Defesa alega que Marcos Venício iria regularizar situação da arma

A defesa de Marcos acredita que ele agiu sob forte pressão, já que era íntimo da vítima e próximo da família. Sobre o porte ilegal da arma, a defesa ressaltou que ele tinha saído no dia para regularizar a situação. 

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Entenda a história

1986 a 2005

Marcos Venício Moreira Andrade ocupava o cargo de assessor de Gerson Camata, sendo o responsável pelas finanças e pelas campanhas eleitorais do então governador.

2009

O ex-assessor vai a público denunciar supostas irregularidades durante o período em que Gerson Camata esteve à frente do Governo.

O ex-governador move uma ação contra o ex-assessor por calúnia e difamação no caso da acusação sobre supostas irregularidades durante a gestão.

2016

A Justiça entende que a acusação feita pelo ex-assessor não continha provas suficientes e dá ganho de causa para Camata.

Marcos foi condenado a pagar uma indenização de 50 mil reais a Gerson Camata.

Andrade recorre da decisão da Justiça e perde em segunda instância, mas consegue reduzir a indenização para 20 mil reais.

2018

Com o passar dos anos e com os juros cobrados, o valor da multa alcançou a quantia de 60 mil reais.

A Justiça bloqueou as contas de Marcos Vinícius para o pagamento da indenização.

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Foto: Divulgação / Polícia Civil

Marcos Venício Moreira Andrade foi preso e confessou o crime. Desde então, estava à espera de um julgamento.

A linha de investigação do Ministério Público aponta que o motivo do crime foi financeiro. Camata moveu uma ação contra o ex-assessor por calúnia e difamação, e teve uma conta bloqueada pela justiça.