Minha Casa, Minha Vida: veja passo a passo para conseguir um imóvel
Caixa recebeu o recorde de 2.451 propostas para construir 322.284 moradias; casas estão em processo de análise pelo banco. Saiba como fazer
As mudanças nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida trouxeram um "up" para o setor de habitação e botaram um sorriso no rosto dos compradores.
O governo fez alguns ajustes apontados por especialistas como "interessantes", como dar mais dinheiro para te ajudar a começar a comprar a casa, dar uma ajustada nas regras para quem quer entrar no programa, na taxa de juros e até permitir casas e apartamentos mais caros.
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De acordo com especialistas ao Extra, se você está pensando em fazer parte da turma, na faixa 1, a primeira medida é procurar a prefeitura, o governo estadual ou a entidade organizadora na cidade, e pedir para entrar no Cadastro Habitacional.
É importante esquecer de ficar de olho nas datas e prazos e de juntar todos os documentos que eles pedirem para os formulários e fichas. É hora de botar a mão na massa (e nos documentos!).
A coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, afirma que o grande desafio do governo está em conseguir dar conta da demanda dentro de um contexto de atendimento.
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Segundo ela, o governo voltou a olhar para o grupo mais necessitado, ou seja, aquele que precisa de ajuda com as taxas e subsídios.
"Sem subsídio, ele não consegue acesso à habitação. Além disso, é uma curva de aprendizado. É preciso dar acesso à habitação e não somente construir e produzir novas habitações", avalia Ana Maria Castelo.
CAIXA
Depois de lançarem as novas regras do programa, a Caixa ficou chocada - no bom sentido, claro! O site deles virou um parque de diversões para simulação de casinhas, com mais de 5,2 milhões de visitantes em apenas duas semanas de julho.
E adivinha só? Quase 4 milhões deles eram pessoas de olho no Minha Casa, Minha Vida. Quer dizer, não é todo dia que você vê tantos internautas sonhando com seu próprio cantinho.
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Parece que o simulador estava tão animado quanto os interessados, com uma média semanal de 725 mil visitas da galera que queria saber tudo sobre os imóveis populares. As buscas aumentaram até 131,6% desde que soltaram as novas regras.
De acordo com informações do Extra, para o Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), as novas regras e o aporte de recursos aqueceram o mercado e estimularam o interesse do público.
"Especialmente, no fomento à faixa 1, que sofria um represamento. Há 6 anos que não havia recursos para essa camada. A reformulação (do programa) atendeu às expectativas e o aumento da procura é um reconhecimento de que as novas regras são atrativas", ressalta Correia.
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TAXAS E VALORES
As novas regras do programa permitiram, de um lado, a inclusão de novas famílias, seja pelo aumento do subsídio na entrada, ou pela elevação do teto dos imóveis a serem financiados.
Já, por outro lado, com limite maior de valor do apartamento, as construtoras voltaram a ter interesse no programa, segundo o gerente Comercial da The INC.
"Os insumos da construção subiram muito nos últimos anos, especialmente com o ferro. Então, antes com limite de R$ 240 mil no valor do imóvel, a operação não era viável para muitas empresas. Com o limite maior , a gente consegue viabilizar novos negócios dentro do Minha Casa. Agora, fechamos as contas nos projetos", explica Felipe Lemos.
Lemos observa que a revisão nas taxas de juros do programa ainda ajuda a reduzir a parcela do financiamento e pode incluir mais famílias no programa.
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Ao Extra, a consultora de vendas e marketing da Riviera Construtora, Jamille Dias, afirma que a taxa de juros, que parte de 4%, é muito boa e significa que o cliente pode financiar mais.
"O subsídio na entrada era o calcanhar de Aquiles de muitos interessados. Aumentando o valor do imóvel até R$ 350 mil, incluiu uma parcela no programa, e terá imóveis melhores com varanda, etc", diz Jamille.
PROPOSTAS
A Caixa está fazendo um sucesso com o programa!
Eles receberam o número recorde de 2.451 propostas para construir 322.284 moradias, que estão em processo de análise pelo banco.
O Ministério das Cidades informou que a procura foi tão grande que a Caixa até teve que dar uma pausa momentânea no meio do processo. Mas agora, com o progresso das análises e das verificações dos terrenos, o sistema voltou a aceitar mais propostas.
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As propostas de empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) voltaram a ser cadastradas normalmente a partir deste mês.
De acordo com o Extra, as prefeituras e as construtoras interessadas na construção de moradias em área urbana de todos os estados e Distrito Federal terão até 11 de agosto para apresentação das propostas.
A contratação de novos imóveis pelo Minha Casa pelo FAR é destinada a famílias com renda de até R$ 2.640, na faixa 1. Estão previstas até 130 mil unidades habitacionais em todo país.
"Vamos ver a partir de agora quando forem validadas as propostas dos terrenos, e depois da aprovação o início das construções. Temos a expectativa de que serão bons resultados. Acredito que para o 2024 o governo deve provisionar R$ 20 bilhões para contratar e manter a esteira de produção", diz Renato Correia.
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ENTENDA: NOVAS REGRAS MINHA CASA, MINHA VIDA
Renda: A primeira mudança anunciada pelo governo foi a atualização das três faixas de renda do programa.
Na faixa 1, se enquadram as famílias com renda até R$ 2.640,00 mensais. A faixa 2 contempla pessoas com renda de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 mensais. Já na faixa 3 serão atendidas as famílias com renda mensal que varia de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00.
Subsídio: Outra mudança acontece com o aumento do subsídio, que é uma parte do preço da casa que o governo paga. Essa grana ajuda a diminuir o preço da casa que você compra e também influencia no quanto você vai pagar mensalmente no financiamento.
Nesse caso, o subsídio é usado para a entrada da casa. Antes era de R$ 47,5 mil, mas agora pode chegar até R$ 55 mil, para as famílias nas faixas 1 e 2. Isso faz com que mais famílias possam entrar na brincadeira, já que algumas que não conseguiriam pagar a entrada agora têm essa chance e podem ter a casinha própria.
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Valor do imóvel: Tem também o aumento do preço máximo das casas na faixa 3, que agora é de até R$ 350 mil, valendo para o Brasil todo. E os tetos dos preços das residências para as faixas 1 e 2 variaram entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, dependendo de onde os imóveis estão localizados.
Juros: Além dessas mudanças, a população do Sudeste, com renda até R$ 2 mil, ainda conta com a redução da taxa de juros de 4,5% para 4,25% ao ano.
VEJA O PASSO A PASSO
O Minha Casa, Minha Vida possui três faixas de enquadramento.
Faixa 1
• Quem é o público-alvo? A faixa 1 abrange famílias com renda total de até R$ 2.640 por mês.
• Como faço para participar? Vá até a prefeitura, governo estadual ou a entidade responsável na sua cidade e peça para se cadastrar no Cadastro Habitacional.
• Como é a compra do imóvel? Você pode dividir o pagamento em até 60 meses, sem juros, com a parcela mínima de R$ 80 e a máxima de R$ 330.
• E se eu for do Bolsa Família ou receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC)? Se for escolhido e já for beneficiário desses programas, você ganha o imóvel sem precisar pagar as parcelas. E durante os 60 meses, não pode transferir a propriedade.
• Fique atento nas datas importantes. Perder algum prazo pode complicar o processo de adquirir a casa.
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Faixas 2 e 3:
• Se você está interessado, pode fazer uma simulação no site da Caixa ou no aplicativo Habitação. Depois, é só dar um pulinho em uma agência ou em um ponto de atendimento bancário.
• Também é possível procurar uma imobiliária, um corretor ou uma construtora, porque o Minha Casa, Minha Vida financia tanto imóveis novos quanto usados.
• No aplicativo Habitação, o cliente também pode realizar quase todas as etapas necessárias, desde a simulação, o envio da documentação, até a avaliação de crédito, sendo necessário ir à agência do banco somente para a assinatura do contrato.
Condições
• Não ter renda superior ao limite do programa;
• Não ser titular de contrato de financiamento imobiliário vigente;
• Ser proprietário, promitente comprador ou titular de direito de aquisição, de arrendamento, de usufruto ou de uso de imóvel residencial, regular, em qualquer parte do País.
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