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Saiba quem foi Detinha Son, a ciclista que dá nome à ciclovia da Terceira Ponte

Deusdedet Alle Son morreu em um acidente no dia 1º de julho de 2016, quando estava de bicicleta em Bento Ferreira

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: Arquivo | Facebook

O nome da ciclovia da Terceira Ponte, que vai ser inaugurada neste domingo (27), é uma homenagem à ciclista e ativista Deusdedet Alle Son, chamada por todos de Detinha Son. O local receberá o título de “Ciclovia da Vida Detinha Son”.

Ela morreu após sofrer um acidente há sete anos, no dia 1º de julho de 2016. A morte de Detinha se tornou emblemática em função da atuação dela e pela forma em que ocorreu. O acidente foi em Bento Ferreira, após a ativista participar de um seminário sobre mobilidade urbana.

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Ela foi atingida enquanto pedalava, após um motorista abrir a porta do carro. Com o impacto, Detinha se desequilibrou da bicicleta e bateu a cabeça no chão.

A vítima teve traumatismo craniano e foi internada, em estado grave, no então Hospital São Lucas, hoje Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), também na capital. Entretanto, não resistiu e acabou falecendo.

Detinha era mineira, natural de Caratinga. Ela contribuiu para a educação no trânsito, focada no respeito ao ciclista, e também era defensora de projetos envolvendo a cultura capixaba e o meio-ambiente.

Segundo familiares e amigos, Detinha tinha uma verdadeira paixão por bicicleta e lutava a favor de projetos de mobilidade urbana.

No dia 26 de dezembro de 2022, a lei nº 11.753  foi publicada no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo e "batizou" a ciclovia com o nome dela. “Denomina Ciclovia da Vida Detinha Son a ciclovia da Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, que liga os Municípios de Vitória e Vila Velha no Espírito Santo”, diz a lei. 

Detinha teve participação em vários projetos que incentivaram a infraestrutura cicloviária no Estado, dentre eles a própria ciclovia da Terceira Ponte.

Amigo relembra: "Ela era imensamente atuante" 

Em entrevista ao Folha Vitória, o cicloativista Fernando Braga, que era amigo de Detinha, relembrou com carinho a amizade de longa data e destacou que ela "contribuiu imensamente para a educação no trânsito", sendo ainda defensora de projetos da cultura e meio-ambiente capixaba. 

"Ela era intensamente atuante. Nos engajamos tanto no movimento estadual quanto no movimento nacional. Criamos o grupo Ciclistas Urbanos Capixabas (CUC), sempre voltado para a visibilidade dos ciclistas e nossas demandas na sociedade", narra. 

Fernando lembra que estava próximo ao local do acidente, em Bento Ferreira, quando Detinha foi atingida pelo carro e teve traumatismo craniano. 

"Tinha acabado de ocorrer uma reunião e ela saiu. Em seguida, foi atingida. Me avisaram do acidente e eu fui correndo para o local. Fizemos uma avaliação lá na rua. Detinha foi internada em estado grave", ressalta. 

O cicloativista destaca que a homenagem é mais do que justa: “Ela foi uma pessoa extremamente importante e a ciclovia receber o nome dela é uma homenagem extremante válida".

Ele avalia que a Ciclovia da Vida e o Aquaviário, recém-inaugurado, são as duas intervenções mais emblemáticas do Espírito Santo nas últimas três décadas. 

“Estou torcendo para o sucesso das duas intervenções. São ações mais do que necessárias de serem realizadas no Estado. Isso demandará que as prefeituras saiam do estado de 'letargia' e desenvolvam novas intervenções também”, opina.

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